O novo governo da França apresentou planos para reformular as leis trabalhistas do país, na abertura do ambicioso esforço do presidente Emmanuel Macron de dar maior vigor à segunda maior economia da zona do euro. O novo líder tenta revisar mais de 3 mil páginas de regras trabalhistas que empregadores dizem que desencorajam contratações, por serem complicadas e pelos entraves financeiros para demitir.

As propostas do presidente incluem um limite às multas por demissões sem justa causa e que as companhias tenham mais espaço para contratar sob regras estabelecidas com sindicatos. "O mundo está mudando e muda rápido", afirmou a ministra do Trabalho, Muriel Pénicaud. "Nós estamos obrigados a alterar nosso modelo social."

O desemprego na França se mantém em patamar teimosamente alto desde os anos 1980. As rígidas regulações e altas taxas impedem que companhias tenham trabalhadores com contratos temporários com todos os benefícios, deixando particularmente os mais jovens presos em trabalhos temporários. A agenda de Macron buscaria proteger o modelo de capitalismo com uma forte rede de segurança, mas adaptando-o para as pressões de competitividade da globalização. Fonte: Dow Jones Newswires.