Os vereadores Samuel Alves (PSDB) e Joilson Santos (PT) tiveram uma discussão acalorada sobre o projeto que encerra o Orçamento Participativo, uma bandeira das gestões petistas. Ambos estão em primeiro mandato.

O caso ocorreu quando Joilson defendeu o OP na tribuna. Samuel, na sequência, criticou a proposta publicamente. No encerramento da fala dos dois, ambos se estranharam ainda no plenário. Houve troca de empurrão. Logo em seguida os demais vereadores acalmaram a dupla.

“O OP não existe mais e não funcionava. O Joilson mesmo fez parte desse programa, pediram canalização de córregos e cobertura de quadras e nada aconteceu. Ele quis tirar satisfação comigo e coloquei a mão para manter a distância”, reconheceu Samuel Alves.

Por sua vez, Joilson preferiu amenizar o embate. “Não sei se ele ficou nervoso. Apesar de ter sido uma discussão do momento, precisamos dar exemplo para o povo. Espero fazer as pazes”.

A proposta do Executivo foi aprovada por 20 votos favoráveis, um contra e cinco abstenções. Para o vereador José Luís Ferrarezi (PT), os debates sobre o OP já foram superados. “Estamos discutindo modelos de governo. Nas eleições do ano passado tivemos uma disputa entre um modelo de continuidade e um de mudança. A ideia de mudança venceu e se o OP tivesse dado certo, teríamos vencido a eleição.”

O novo modelo de conselho prevê a estruturação com o secretário de Finanças como presidente e quatro integrantes indicados pelo Executivo e mais quatro designados pela sociedade civil. A gestão do prefeito Orlando Morando (PSDB) prevê também que no novo modelo de participação sejam feitas consultas públicas por meios digitais.

Ainda na sessão de ontem, a Câmara aprovou projeto que fixa em 0,6% a taxa administrativa que será paga pelos servidores, aposentados e pensionistas da SBCPrev (Instituto de Previdência de São Bernardo do Campo) neste ano e em 2018. A contribuição vai subir para 2% a partir de 2019.