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Diadema aprova Refis com ajuda de vereadores da oposição a Lauro

G-12 cede e ameniza posição radical contra o governo ao analisar refinanciamento de dívidas

Felipe Siqueira
Especial para o Diário
15/06/2017 | 07:17
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O G-12 – grupo de 12 parlamentares de oposição ao prefeito de Diadema, Lauro Michels (PV), composto pelos partidos PT, PPS, DEM, PRB e PR – cedeu em discurso radical e ajudou a aprovar projeto do Refis, programa de refinanciamento de dívidas com o município, em primeira discussão. Na terça-feira, os 21 vereadores se reúnem para chegar a um consenso sobre o tema.

O líder do G-12, Josa Queiroz (PT), afirmou que a tendência é que seja, de fato, atingido esse lugar-comum entre os parlamentares. “O ponto de divergência, na realidade, é em relação ao prazo para adesão (dos devedores) e também aos percentuais (de descontos de juros e multas) que estão estabelecidos nas tabelas”, explicou Josa.

O presidente da Câmara, Marcos Michels (PSB), argumentou que o acordo feito entre os vereadores era, justamente, passar o projeto na primeira discussão para ser definido como o processo irá ser conduzido na próxima semana. “Quantidade de parcelas, quantos percentuais vão ser dados de desconto, caso pague em ‘X’, ‘Y’, ‘Z’ número de parcelas... Tudo isso vai ser ajustado em uma reunião que foi agendada para a próxima terça, às 17h. Vai tentar ajustar. Não o que a oposição quer, de 36 parcelas, e não o que a Prefeitura mandou. Vamos achar um meio-termo, para beneficiar a população”, disse.

Depois de meses de tensão, foi a primeira vez que G-12 e a bancada governista dialogaram e chegaram a um consenso. Na semana passada, por exemplo, projetos encaminhados por Lauro foram rejeitados pelos vereadores, uma vez que a oposição é maioria na Casa.

Outro ponto abordado na sessão de ontem foi o projeto de lei de autoria de Josa sobre possibilidade de os vereadores terem acesso a todos os processos de PPPs (Parcerias Público-Privadas). “O projeto traz esta proposta de se ter mais transparência no debate e se discutir com mais profundidade. Vamos aprovar parceria para os próximos 25 anos para a cidade de Diadema (para iluminação pública), não pode ser de qualquer forma”, falou Josa.

Marcos Michels pensa que o projeto é desnecessário. “O vereador tem que fiscalizar. O Executivo faz o edital, o contrato cabe a nós fiscalizar. Quanto mais transparência, melhor. Mas tem que ver se isso não pode construir um mecanismo de atrapalhar o bom andamento do Executivo”, explicou.

REPÚDIO
Vereadores de Diadema aprovaram, por 13 votos a sete, moção de repúdio ao prefeito Lauro Michels pela acusação de agressão verbal do chefe do Executivo contra a professora e diretora da EM Francisco Daniel Trivinho, no Centro, que tem 26 anos de contribuição na rede pública, Sandra Regina da Silva. Integrantes e diretores do Sindema (Sindicato dos Servidores Públicos de Diadema) organizaram contra a atitude de Lauro, com gritos de “machistas, fascistas, não passarão”. 




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