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General francês é processado após confessar atos de tortura
Das Agências
08/05/2001 | 13:37
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Uma queixa judicial foi apresentada pela Federação Internacional de Ligas de Direitos Humanos (FIDH) contra o general francês Paul Aussaresses, 83 anos, que confessou em um livro publicado recentemente ter torturado combatentes independentistas argelinos nos anos 50.

A FIDH apresentou nesta segunda-feira uma queixa judicial "por crimes contra a humanidade", depois das confissões do ex-chefe dos serviços especiais do Exército francês durante a batalha de Argel" contra os combatentes da Frente de Libertação Nacional (FLN) argelina que colocavam bombas.

Aussaresses conta em seu livro de que maneira torturava para obter informações e fuzilava sem qualquer julgamento os prisioneiros. O governo da época tinha dado às forças armadas todos os poderes judiciais.

Para a FIDH, "o caráter sistemático, generalizado e institucionalizado dos crimes cometidos na Argélia aflora claramente" neste livro de depoimentos intitulado "Serviços especiais - Argélia 1955-1957".

O órgão de direitos humanos estima que "as leis de anistia que têm como objetivo apagar os crimes mais graves são incompatíveis com o direito internacional humanitário".

A França promulgou duas leis de anistia, em 1962 e 1968, sobre os crimes cometidos durante a guerra da Argélia.

A liga de direitos humanos havia apresentado uma queixa por "apologia de crimes e crimes de guerra" contra o velho militar.




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