O governo do Estado e o Comitê Local para a Copa do Mundo anunciaram oficialmente ontem as 37 cidades que seguem na luta pelo direito de receber as seleções que disputarão o Mundial de 2014, no Brasil. A cerimônia foi realizada no Museu do Futebol, no Estádio do Pacaembu, e contou com a presença de várias autoridades, entre elas o presidente da CBF e do Comitê Organizador da Copa do Mundo, Ricardo Teixeira, do governador Geraldo Alckmin e do prefeito paulistano Gilberto Kassab. O ex-atacante Ronaldo, que foi convidado para fazer parte da organização do Mundial (leia abaixo), também prestigiou o evento.
Enquanto a maioria dos municípios envolvidos foi representada pelos prefeitos, nenhum dos três candidatos do Grande ABC levou o chefe do executivo ao evento. São Bernardo foi representado pelo secretário de Esportes José Luiz Ferrarezi, São Caetano pela assessora de Turismo, Cristiane Coradini, e Santo André pelo diretor de Turismo, Carlos Roberto Panini. Mauro Chekin, secretário de Esportes de São Caetano, e Edson Salvo Melo, de Santo André, que haviam confirmado presença na véspera, não compareceram.
Apesar do aparente desinteresse, o trio do Grande ABC continua bastante prestigiado. No evento ficou evidente que as 37 cidades selecionadas fazem parte da elite estadual e devem avançar à fase final do processo, quando será confeccionado book definitivo com informações dos municípios. O material, escrito em português e em inglês, será enviado às seleções classificadas ao Mundial para que elas escolham onde desejam se hospedar.
NOVO RUMO
Se antes estava cético com a possibilidade de participar da Copa do Mundo, Ferrarezi saiu do encontro com outra postura. Apesar de assumir que a atitude pode ser tardia, o secretário prometeu sugerir ao prefeito Luiz Marinho (PT) criação de comitê em São Bernardo para tratar do assunto.
"Precisamos ter pessoas pensando e trabalhando exclusivamente nesse projeto. Até porque, um evento desse porte envolve diversas secretarias. Saio daqui com a certeza que São Bernardo irá entrar firme nessa luta, apesar de reconhecer as dificuldades", garantiu ele.
Ferrarezi lamentou a falta de iniciativa dos políticos regionais, que jamais ventilaram a possibilidade de o Grande ABC unificar as candidaturas, aumentando consideravelmente as chances. "Esse processo começou há dois anos e nunca conversamos a respeito. O Grande ABC, sem dúvida, é forte porque uma seleção escolherá sua sede não só pelos campos de treinamento e infraestrutura. Essa decisão envolve muito mais coisas, como possibilidades de ganhos e a visibilidade que trará aos seus patrocinadores. Temos um PIB (Produto Interno Bruno) respeitável e isso pode fazer a diferença", finalizou.
Ronaldo é convidado a ajudar sede paulista
Depois de quatro Mundiais e dois títulos, o ex-atacante Ronaldo assumiu ontem papel importante nos bastidores da candidatura de São Paulo à Copa do Mundo de 2014. Durante evento no Museu do Futebol, o Fenômeno foi convidado a assumir cargo no Comitê Organizador Local.
"É uma honra poder ajudar a fazer de São Paulo a melhor sede de todos os tempos", declarou o ex-jogador, que recebeu das mãos do governador Geraldo Alckmin a Medalha do Mérito Esportivo do Estado de São Paulo. "Tudo que fiz na minha carreira foi por amor ao futebol", completou o ex-atacante.
Além de explorar a imagem do craque para conseguir investimentos, o governo tem a expectativa de que Ronaldo participe efetivamente das decisões, com olhar de quem esteve em campo. "Ele dará enorme contribuição ao comitê. Ronaldo já participou de várias Copas do Mundo, é querido por toda a população, por esportistas e pelos aficionados por futebol", ressaltou Alckmin.
Incomodado, Teixeira espera Fielzão pronto em 2013
O presidente da CBF, Ricardo Teixeira, cobrou ontem agilidade nas obras de construção do Fielzão, que deve sediar a abertura da Copa. "Precisamos do estádio de vocês para a Copa das Confederações. É fundamental que já tenhamos esse estádio em 2013."
Andrés Sanchez, presidente do Corinthians, disse que só aguarda a liberação da prefeitura para iniciar as obras. "Estou esperando isso há quatro meses", cobrou o corintiano, que teve garantia do prefeito Gilberto Kassab que a autorização sai até o fim do mês.
O prefeito prometeu também isenção fiscal ao Corinthians e à construtora Odebrecht para que consigam levantar dinheiro para pagar a diferença da ampliação do projeto, que passou de R$ 400 milhões para R$ 600 milhões.
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