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Palmeiras com receio
do Estádio Bruno Daniel
Anderson Fattori
Do Diário do Grande ABC
08/04/2011 | 07:16
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A classificação do Santo André para as oitavas de final da Copa do Brasil colocou mais uma vez o Estádio Bruno Daniel em pauta. Sorteado ontem pela CBF como palco do primeiro jogo contra o Palmeiras, na quarta-feira - a volta será dia 21 no Pacaembu -, o local foi contestado pelo departamento jurídico do Verdão, que solicitou à Polícia Militar a transferência do confronto para outro estádio. Motivo: falta de segurança.

"Integrantes da nossa comissão técnica estiveram recentemente acompanhando jogos do Santo André no Bruno Daniel e perceberam que o local não reúne condições para receber partida tão importante como essa da Copa do Brasil. Diante disso, nosso departamento jurídico enviou solicitação para a Polícia Militar pedindo tranferência do local, já que no nosso entendimento não há como realizar o duelo apenas com uma das arquibancadas liberada", revelou o diretor de futebol do Palmeiras, Sérgio do Prado.

Apesar da iniciativa palmeirense, o confronto foi confirmado ontem pela CBF para o estádio andreense. "Não há mais como mudar. Seria preciso dez dias de antecedência, segundo o regulamento. Talvez esse pedido do Palmeiras seja uma forma de aproveitar as circunstâncias desfavoráveis que nos envolve, como os problemas do Brunão e nossa fase ruim", contestou o presidente da Saged (Santo André Gestão Empresarial), Ronan Maria Pinto.

Inconformado com a decisão da CBF em manter o jogo no Bruno Daniel, Sérgio do Prado se eximiu de culpa por qualquer incidente que possa acontecer no confronto. "A partir deste momento estamos considerando esse jogo como de alto risco. Fizemos nossa parte, alertamos sobre a imprudência que será colocar uma torcida ao lado da outra e em espaço pequeno. Mas se a Polícia Militar, a CBF e o Santo André entendem que é possível, o Palmeiras irá acatar", disse.

O dirigente palmeirense, que trabalhou por 16 anos no Santo André, garantiu que a reivindicação nada tem a ver com as más condições do gramado. "Nossa única preocupação é com a segurança dos torcedores. Temos jogado em campos piores que o Bruno Daniel e jamais faríamos essa solicitação pensando nisso. Se as arquibancadas cobertas estivessem liberadas, tudo bem, ficaria uma torcida de cada lado, mas como não estão, não acho viável realizar o jogo no local", finalizou Sérgio do Prado.

Procurado pelo Diário, o 1º tenente Fabio Henrique Marotti, responsável pela segurança do Estádio Bruno Daniel, disse não ter sido procurado pelo Palmeiras e preferiu não se pronunciar sobre o caso por não ter em mãos a confirmação da CBF de que o jogo será no local.(Colaborou Nelson Cilo)

Ronan se reúne com Aidan Ravin e recebe promessa de reforma

Para tentar resolver de vez o impasse relacionado à reforma do Bruno Daniel, o presidente da Saged (Santo André Gestão Empresarial), Ronan Maria Pinto, esteve reunido ontem com o prefeito Aidan Ravin (PTB) e seu secretariado. No encontro, o mandatário andreense soube que finalmente será dado início às intervenções necessárias no estádio.

"Eles me disseram que irão protocolar amanhã (hoje) no MP (Ministério Público) compromisso de atender às reivindicações para liberar integralmente o estádio. Depois disso, na próxima semana a promessa é que será aberta licitação pública para que seja feita a reforma geral no local", comemorou o presidente.

Por conta da interdição das cadeiras cobertas, o Brunão teve capacidade reduzida de 15 mil para 8.000 lugares e ficou com portões fechados em alguns jogos do Paulistão.




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