A Prefeitura de Santo André iniciou ontem a Operação Oliveira Lima no principal centro comercial da cidade. O intuito é intensificar a fiscalização de irregularidades – como poluições visual e sonora, lixo e comércio ilegal –, além de reforçar a Segurança, a partir de demandas dos próprios comerciantes. “A ideia da força-tarefa é deixar a Oliveira Lima mais organizada. Queremos que o comércio continue aquecido para gerar empregos e renda. O intuito não é apenas multar. Se temos uma rua como essa, mais agradável, vai melhorar a renda da cidade”, destacou o prefeito Paulo Serra (PSDB).

Paralelamente à intensificação da fiscalização, a Prefeitura vai restaurar a escultura Concreção 0005, do artista plástico andreense Luiz Sacilotto (1924-2003), que atualmente está pichada. Na próxima semana devem ser iniciadas intervenções para a recuperação. “A secretária de Cultura fez reunião com a família do Sacilotto e a comunidade cultural, e o pedido é que volte para a sua característica original.

Com base mais alta. Ela tem de ficar sozinha. Aquela região é completamente poluída por barracas, até da Prefeitura, e vamos também ordenar isso. Quando tiver de fazer algum evento, para deixar ali uma região mais vazia, somente com a obra de arte mesmo”, afirmou o prefeito.

Comerciante no local há 58 anos, o gerente José Antônio Furlan aprovou a iniciativa. “O cliente quer vir comprar tranquilamente. Temos problemas como som alto, pessoas que circulam com bicicleta em alta velocidade, entre outras que atrapalham.”
Em contrapartida, o gerente de loja de eletrônicos José Geraldo Teixeira, no local há 12, afirmou cumprir regra do som alto, mas aos fins de semana a ação atrai os clientes. “Seria interessante uma flexibilização nessa questão. O som é um ponto crucial para nós.”

O início da operação também pode ser considerado pontapé inicial para demais intervenções na cidade, inclusive o Projeto Cidade Limpa, que deve ser enviado ao legislativo no segundo semestre.

Secretaria de Segurança também tem projeto para a instalação de câmeras no local por meio de parceria com a iniciativa privada. A previsão a longo prazo é a de que, futuramente, o calçadão tenha cobertura ampliada e padronização do piso.