Há dois anos afastada pelo INSS por problemas musculares, a auxiliar administrativa Márcia Brighente, marcou uma nova perícia para renovação do benefício na última sexta-feira. "Agendei a consulta no INSS de Diadema para 8h30 e só fui atendida às 11h", conta.
Segundo Márcia, o médico-perito a chamou para sala e sequer deixou que ela encostasse a porta. "Enquanto ele falava comigo, conversava com outro médico da sala em frente. A única coisa que ele me perguntou foi há quanto tempo eu estava afastada, não me examinou, não olhou os laudos", disse Márcia.
Em menos de três minutos, o médico pediu que a contribuinte se retirasse da sala. "Ele ainda comentou com o colega que naquele dia tinha dado alta para todo mundo. É muito humilhante saber que estamos nas mãos destas pessoas", desabafa.
A assessoria do INSS alega que a auxiliar ainda pode recorrer da negação do benefício. Sobre o comportamento do médico-perito, a assessoria diz ter registrado uma reclamação na ouvidoria da previdência, que vai dar um parecer sobre o caso.
A reportagem do Diário solicitou uma entrevista com o médico em questão, porém o INSS negou.
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