Os terminais de escoamento da produçao de Sao Paulo e Sao Sebastiao, no interior do estado, também aderiram ao movimento. Os petroleiros da Bacia de Campo fizeram operaçao padrao, interrompendo a comunicaçao entre a plataforma e a base de controle.

Segundo o coordenador da Federaçao Unica dos Petroleiros (FUP), Maurício França, a adesao ao movimento superou as expectativas. Das 11 refinarias da Petrobras, em dez, os trabalhadores cruzaram os braços ou promoveram atrasos na mudança dos turnos, como a de Manaus (AM). A FUP considerou que a participaçao nos terminais e nas plataformas também foi significativa.

Segundo a federaçao, o movimento nao afeta a produçao de petróleo, nem a de derivados nas refinarias, que continuam funcionando normalmente. França afirmou que as refinarias em que nao houve mudança de turno, a Petrobras será obrigada a pagar hora extra aos petroleiros que continuaram trabalhando nesta quinta.

O coordenador argumenta que o "extra-turno" é regulado por lei e já está incorporado aos contratos individuais de trabalho. A Petrobras deixou de pagar o benefício em outubro, voltando a remunerar os funcionários apenas durante os feriados de carnaval. Após essa data, a companhia decidiu suspender novamente o pagamento em dobro nos feriados.