Economia Titulo
Governo nao deve se desfazer das açoes na Telemar
Do Diário do Grande ABC
15/05/2000 | 18:03
Compartilhar notícia


O ministro das Comunicaçoes, Pimenta da Veiga, informou que o governo nao deve se desfazer, este ano, dos 25% que o Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) tem na Telemar - holding que controla 16 operadora de telefonia fixa, do Rio de Janeiro ao Amazonas. Para o ministro, nao há motivo que justifique a venda destes ativos a curto prazo.

"É um assunto que precisa ser bem avaliado. Passa muito pelas decisoes de mercado do próprio BNDES, mas é evidente que tem uma orientaçao do próprio governo", disse Pimenta. "Isso porque no momento em que estiver clareado o cenário para as próprias concessionárias, nos próximos anos, as açoes da Telemar terao um valor muito apreciado." A manutençao desta quantidade de açoes da Telemar em poder do BNDES é sinal de que o governo aposta na rentabilidade da companhia. Segundo Pimenta, no ano passado chegou-se a cogitar a saída do banco como forma de permitir organizaçao societária da empresa. "Como isso nao foi necessário, nao há razao de vender agora. É melhor aguardar a definiçao do cenário pois estes ativos serao muito valorizados."

Cenário - A Telemar Participaçoes S/A foi adquirida por um grupo de investidores nacionais no leilao de privatizaçao do Sistema Telebrás, ocorrido no dia 29 de julho de 1998. Na ocasiao, o governo arrecadou R$ 3,434 bilhoes por 51,79% das açoes ordinárias do conglomerado de telefonia fixa, o que representou um ágio de 1% em relaçao ao preço mínimo.

A entrada do BNDES no negócio ocorreu para que o consórcio Telemar pudesse pagar a primeira parcela da compra referente a 40% do valor ofertado no leilao. Na ocasiao, a direçao do banco informou que iria vender os 25% das açoes para uma operadora estratégica.

Intelig - O presidente da Agência Nacional de Telecomunicaçoes (Anatel), Renato Guerreiro, disse que a France Telecom comunicou a saída do conselho de administraçao da Sprint, empresa americana que está em processo de fusao com a MCI/WorldCom. Com isso, segundo Guerreiro, a operadora francesa teria cumprido as exigências da agência reguladora para que pudesse permanecer na Intelig, concorrente da Embratel.

Guerreiro explicou que o novo acordo de acionistas resolve a situaçao da France Telecom com relaçao à legislaçao brasileira de telecomunicaçoes. A operadora francesa continuará com 10% das açoes da Sprint, o que representará 3% do capital da nova empresa constituída a partir da fusao nos Estados Unidos.




Comentários

Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.


;