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Ônibus integrado flui, mas regional trava
Fábio Martins
Do Diário do Grande ABC
27/02/2011 | 08:55
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Um dos principais horizontes na tentativa de amenizar o gargalo do trânsito do Grande ABC, a integração do transporte público municipal constou nos planos de governo da maioria dos prefeitos eleitos em 2008. São Bernardo, Mauá e São Caetano deram pontapé no programa, enquanto que Santo André e Diadema desenvolveram foco em cartões especiais e aperfeiçoar o sistema, respectivamente. Apesar do avanço, o tão difundido bilhete regional ficou no termo de cooperação.

Bandeira levantada pelo prefeito de São Bernardo, Luiz Marinho (PT), o Cartão Legal (semelhante ao bilhete único, implantado na Capital) foi lançado em maio de 2010. "São duas fases. A primeira é o cadastramento. Já foram feitos 50 mil. A segunda é o sistema de integração tarifária. Em 1h ou 1h30, dependendo do percurso, o passageiro paga apenas um bilhete", explica o secretário de Transportes e Vias Públicas, Oscar José Gameiro Silveira Campos.

Em Mauá, os usuários do Lote 2 das linhas de ônibus municipais (que representa 45% das linhas da cidade) contam desde novembro com o Cartão DaHora, promessa do prefeito Oswaldo Dias (PT). O dispositivo substitui os passes de papel e garante a integração entre os ônibus municipais.

O sistema, porém, ainda patina. Isso porque a previsão era a de que a partir do dia 1º as linhas do Lote 1 também passassem a aceitar apenas o Cartão DaHora, o que ainda está em fase de transição. A desorganização do Paço e a falta de informação dos usuários geraram enormes filas para o cadastramento, efetuado no Shopping Green Plaza. Por enquanto, os veículos do Lote 1 aceitam tanto o Cartão DaHora quanto os passes de papel.

A integração temporal foi implantada pelo prefeito de São Caetano, José Auricchio Júnior (PTB), em janeiro do ano passado. Trata-se da conexão dentro do intervalo de 60 minutos, no qual o usuário pode desembarcar de um ônibus e embarcar em outro para completar a sua viagem, sempre no mesmo sentido.

O prefeito de Santo André, Aidan Ravin (PTB), não prometeu integração do transporte público. Porém, implantou o Cartão Idoso em 2009, que dá acesso ao ônibus e funciona como crédito, liberado de acordo com o benefício recebido pelo aposentado do INSS. Na cidade também foi criado o Cartão Deficiente.

A promessa feita pelo prefeito de Diadema, Mário Reali (PT), foi manter a integração tarifária entre as linhas municipais e o trólebus, promovida na gestão anterior, e aperfeiçoá-la. O aprimoramento é abrir a integração para toda a cidade, já que hoje são feitos apenas nos terminais Piraporinha e Diadema. A proposta ainda está em análise pela administração.

Outra interligação que deve começar a sair do papel a partir do próximo ano é a conexão Grande ABC-Metrô Tamanduateí por meio do Metro Leve. Com orçamento total de R$ 3 bilhões, o transporte de massa ficará por conta do governo do Estado, uma vez que as prefeituras diretamente envolvidas (São Bernardo, São Caetano e Santo André) não têm muito mais a fazer, senão pressão política. Além da contribuição em dinheiro as administrações municipais deverão ceder áreas e cuidar das desapropriações. Colaboraram Beto Silva, Gustavo Pinchiaro, Havolene Valinhos e Mark Ribeiro




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