De acordo com as investigações, Farah Jorge pode ter esquartejado Maria do Carmo, 46 anos, quando ela ainda estava viva. Segundo o delegado Ítalo Miranda Júnior, responsável pelo caso, foram encontrados vestígios de sangue no teto do consultório do médico, o que indica que ainda havia circulação sangüínea quando desferido um golpe contra a vítima.
A polícia usou um reagente especial que encontra vestígios de sangue mesmo que alguém tenha tentado removê-los. "Foi possível detectar manchas de sangue até no teto. Isso significa que ela tenha tomado os golpes ainda em vida", disse o delegado, em entrevista ao Fantástico, da Rede Globo.
Além de retirar as vísceras da dona-de-casa, o que dificulta o trabalho da polícia para saber se a vítima foi dopada, o médico retirou parte da pele do rosto e do peito de Maria do Carmo. "Há indícios de que ele a teria ferido no peito. Esta é a forma de dificultar as análises posteriores para saber se o tecido estava picotado e quantos golpes ela teria tomado", disse o delegado.
A reconstituição do crime, que ajudaria a esclarecer algumas dúvidas da polícia, foi adiada depois que uma liminar liberou a não-participação do médico. A polícia tenta cassar a liminar para garantir a presença de Farah na reconstituição, o que pode acontecer nesta terça-feira.
O corpo de Maria do Carmo foi encontrado esquartejado no porta-malas do automóvel do médico na segunda-feira da semana passada. O médico, após ser internado em uma clínica psiquiátrica, foi preso e levado ao 13º Distrito Policial.
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