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Médico é indiciado por homicídio e ocultação de cadáver
Do Diário OnLine
03/02/2003 | 18:30
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A polícia de São Paulo terminou na tarde desta segunda-feira o inquérito que investiga o assassinato e esquartejamento da dona-de-casa Maria do Carmo Alves. O réu confesso, o cirurgião plástico Farah Jorge Farah, será indiciado por homicídio, ocultação de cadáver e vilipêndio, tendo em vista que retirou os órgãos da vítima.

De acordo com as investigações, Farah Jorge pode ter esquartejado Maria do Carmo, 46 anos, quando ela ainda estava viva. Segundo o delegado Ítalo Miranda Júnior, responsável pelo caso, foram encontrados vestígios de sangue no teto do consultório do médico, o que indica que ainda havia circulação sangüínea quando desferido um golpe contra a vítima.

A polícia usou um reagente especial que encontra vestígios de sangue mesmo que alguém tenha tentado removê-los. "Foi possível detectar manchas de sangue até no teto. Isso significa que ela tenha tomado os golpes ainda em vida", disse o delegado, em entrevista ao Fantástico, da Rede Globo.

Além de retirar as vísceras da dona-de-casa, o que dificulta o trabalho da polícia para saber se a vítima foi dopada, o médico retirou parte da pele do rosto e do peito de Maria do Carmo. "Há indícios de que ele a teria ferido no peito. Esta é a forma de dificultar as análises posteriores para saber se o tecido estava picotado e quantos golpes ela teria tomado", disse o delegado.

A reconstituição do crime, que ajudaria a esclarecer algumas dúvidas da polícia, foi adiada depois que uma liminar liberou a não-participação do médico. A polícia tenta cassar a liminar para garantir a presença de Farah na reconstituição, o que pode acontecer nesta terça-feira.

O corpo de Maria do Carmo foi encontrado esquartejado no porta-malas do automóvel do médico na segunda-feira da semana passada. O médico, após ser internado em uma clínica psiquiátrica, foi preso e levado ao 13º Distrito Policial.




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