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General americano confessa que não pode mais garantir segurança
Da AFP
14/01/2005 | 21:22
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Um general americano em Bagdá admitiu, a apenas duas semanas das eleições previstas para o fim do mês, que suas tropas não podem mais garantir a segurança na capital depois da multiplicação de ataques terroristas desta sexta-feira.

O tenente coronel da Polícia iraquiana, Farris Mehdi, confirmou que os rebeldes explodiram uma bomba no centro de votação em Sharqat, uma localidade com forte presença rebelde ao norte de Bagdá. No momento da explosão, a segunda em dois meses, o centro eleitoral estava deserto.

Além disso, um civil, um policial e dois soldados iraquianos morreram em incidentes separados no norte de Bagdá. Na cidade de Mossul, um carro-bomba explodiu nesta sexta, quando uma caravana americana avançava pelo distrito central de Al Muthanna, um dos pontos onde os militares acreditam que os rebeldes tentarão com mais força impedir o bom andamento das eleições.

Cinco 'peshmerga' (combatentes curdos) morreram e três foram feridos em dois ataques em Mossul na quinta-feira. Outra bomba foi lançada contra a maioria xiita do país na última hora de quinta, deixando sete mortos, incluindo quatro policiais, além de 38 feridos, nos arredores da mesquita xiita de Khan Bani Said, ao norte da capital.

Na mesma noite, homens armados atacaram e mataram outro membro da comissão eleitoral iraquiana. Este é o oitavo funcionário eleitoral assassinado às vésperas das eleições marcadas para 30 de janeiro.

As tropas americanas também sofreram baixas, com dois fuzileiros mortos na quinta, na província ocidental de Al-Anbar. Com estas baixas, o número de soldados americanos mortos no Iraque desde o início da invasão do país em março de 2003 chega a 1.355.

Na embaixada dos EUA, as autoridades estão preocupadas com a situação. Um funcionário americano disse alguns setores do oeste e norte de Bagdá, incluindo o distrito sunita de Adhamiya provavelmente terão pouca participação devido à ameaça dos rebeldes de represálias a eleitores.

Nesta sexta-feira, um grupo islamita no Iraque assumiu o assassinato de uma pessoa próxima ao líder xiita Ali al Sistani, o filho dele e quatro seguranças, ocorrido na noite de quarta-feira. Um comunicado, cuja autenticidade não foi confirmada, assinado pelo grupo Ansar Al Islam-Brigada de Saad bin Abi Waqas, advertiu que o ataque "foi somente o primeiro e não será o último". O chefe radical xiita Moqtada Al-Sadr pediu ao presidente americano, George W. Bush, e aos países vizinhos ao Iraque que se mantenham afastados do processo eleitoral.




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