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Argentina reclama perdas com acordo automotivo
03/11/2005 | 23:40
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O temor do governo brasileiro e dos empresários de que o Mercosul perca mercados tem sua razão de ser. O bloco do Cone Sul já está perdendo investimentos significativos para China e Leste Europeu, conforme números do Ministério argentino da Indústria.

Em 1997, o Mercosul era responsável por 4,7% dos veículos produzidos no mundo. Em 2004 essa participação caiu para 3,9%. Em contrapartida, a fatia da China saltou de 3% para 7,9%. Os países do Leste Europeu passaram de 1,9% para 2,5%.

Para defender sua posição contrária ao livre comércio, a equipe econômica do presidente Néstor Kirchner argumenta que a Argentina é prejudicada pelo atual acordo automotivo, já que mais de 60% dos veículos vendidos na Argentina são brasileiros, enquanto apenas 2,8% dos automóveis vendidos no Brasil são argentinos.

O governo de Kirchner reclama também que o Brasil atrai mais investimentos das montadoras, o que provoca assimetrias entre os dois sócios. Por isso, quer um fluxo de comércio mais rígido, controlado empresa por empresa, e não pelo setor como um todo, como é feito hoje.

Com o fim do atual acordo, no mês que vem, os técnicos de ambos países e entidades vão se reunir em 7 de novembro, em Buenos Aires, para tentar encaminhar as propostas do texto do novo acordo.




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