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Indústria de brinquedo ‘foge’ ao Nordeste
Verônica Lima
Do Diário do Grande ABC
23/04/2008 | 07:15
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Com a expectativa de ganhar força para brigar com os chineses, que já têm 40% do mercado brasileiro, as indústrias brinquedos nacionais estudam nos próximos anos deixar o Estado de São Paulo e criar um pólo produtivo no Ceará, Pernambuco ou Bahia.

 A proposta que beneficiará as fabricantes e o Nordeste e já preocupa os funcionários paulistas, foi anunciada ontem, na abertura da Feira Abrin (Feira Nacional de Brinquedos), no Expo Center Norte em São Paulo.

“A escolha por um destes Estados dependerá do custo de produto estimado em cada um deles”, explica o presidente da Abrinq (Associação Brasileira dos Fabricantes de Brinquedos) Synesio Batista da Costa.

Segundo Costa, está muito caro fabricar brinquedos em São Paulo. Partir para o Nordeste poderá reduzir entre 8% a 10% o custo da produção, fato que tornará os produtos brasileiros mais competitivos.

 “Cerca de 80% da produção da indústria está em São Paulo, mas entre três e cinco anos os principais fabricantes devem puxar os demais para o Nordeste. Quem não migrar vai morrer pelo caminho”, assegura Costa.

Ele afirma ainda que nos últimos três anos, a indústria brasileira de brinquedos manteve estável a produção e o faturamento. Em 2006, as vendas do setor foram de R$ 1.678 bilhão, resultado muito próximo aos R$ 1.315 bilhão do ano anterior. Em 2007, o crescimento foi de apenas 2% e atingiu R$ 2.234 bilhões.

Para o Paulo Benzatti, diretor comercial da Gulliver fundada em 1970 em São Caetano, a iniciativa parece ser boa.No entanto, sair da região e ir para outro Estado, é muito cedo para avaliar.

“É difícil falar sobre hipótese, precisamos ter uma base melhor para ter uma opinião. A decisão de mudar e ou não dependerá de negociações e de vantagens e incentivos. Mas, por enquanto, não planejamos ir para outro local”, assegura Benzatti.

A Grow, indústria de brinquedos em São Bernardo, também não tem planos de trocar o Grande ABC pelo Nordeste do País.

Atualmente a empresa tem cerca de 400 funcionários, sem contar os temporários, que são contratados para o Dia das Crianças.



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