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Vilma diz que Roberta pode ter sido trocada na maternidade
Do Diário OnLine
26/02/2003 | 21:50
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A empresária Vilma Martins Costa disse, nesta quarta-feira, em depoimento à Delegacia de Investigações Criminais (Deic), em Goiânia, que Roberta Jamilly, criada como sua filha, pode ter sido trocada na maternidade. Exame de DNA comprovou, segundo a polícia, que Roberta é filha de Francisca Maria da Silva e foi roubada logo após seu nascimento, no Hospital de Itaguari, em março de 1979.

Para explicar o fato de Roberta ser, na verdade, Aparecida Fernanda, Vilma garantiu que deu à luz uma menina no mesmo hospital em que Francisca teve a sua filha. A empresária disse que pode ter levado outro bebê para casa por engano da maternidade.

O delegado responsável pelo caso, Antônio Gonçalves, informou que Vilma disse que sua filha teria nascido dois dias depois do seqüestro de Aparecida Fernanda. Segundo ele, Vilma ainda negou as acusações de uma enfermeira do hospital de Itaguari que acusou a empresária de ter forjado o próprio parto. Depois do depoimento, o delegado afirmou que as declarações de Vilma eram muito importantes para o andamento das investigações, mas deixou claro que ela não convenceu. "Temos provas suficientes de que Vilma nunca esteve grávida", afirmou.

Vilma Martins Costa é suspeita pelo seqüestro de dois bebês, em maternidades de Brasília e Goiânia, há 17 e 23 anos. Além de Roberta, um exame de DNA comprovou também que Osvaldo Borges Júnior, 17 anos, é Pedrinho, filho de Maria Auxiliadora Tapajós. Os dois foram criados e registrados como se fossem filhos legítimos de Vilma.

A empresária aproveitou a ida à delegacia nesta quarta e também depôs no inquérito em que é acusada de falsificar três procurações em nome do ex-marido Osvaldo Borges, falecido no ano passado. A família de Borges acusa a empresária de forjar uma assinatura em documentos que dão a ela poder de decisão nos interesses dos negócios de Osvaldo, e de seus filhos Roberta Jamilly e Pedrinho. Vilma, no entanto, nega a falsificação.

Recém internada com uma crise de hipertensão, a empresária passou mal ao chegar à delegacia e teve de ser carregada para o interior do distrito. Inicialmente, o depoimento de Vilma estava marcado para terça, mas foi adiado para esta quarta devido a uma crise de pressão alta.

Roberta Jamilly também prestou depoimento, que durou menos de meia hora. Ela disse ao delegado que não sabia que sua certidão de nascimento havia sido falsificada e que sempre considerou que os seus documentos estavam em ordem. Nesta quinta, por volta das 15h, será a vez de Pedrinho falar à polícia.

DNA — Também nesta quarta, Vilma teve sangue coletado para um exame de DNA que deve ser feito para comprovar se ela é de fato a mãe biológica de suas filhas mais velhas — Carla Beatriz Martins da Silva, 32 anos, Patrícia Helaine Martins da Silva, 30, e Christianne Michelle Martins da Silva, 28. As três já declararam que estão dispostas a fazer o exame.




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