Fidelizar o público da classe B e tentar fisgar os consumidores da A na região serão os principais objetivo do Mauá Plaza Shopping ao agregar 52 novas operações em expansão, que consumirá verba de R$ 20 milhões proveniente do caixa do Grupo Peralta, empreendedor do complexo. As obras vão começar no segundo semestre deste ano com previsão de término para novembro de 2011.

Após oito anos de funcionamento, o shopping, de aproximadamente 100 mil metros quadrados, ganhará mais 18 mil m². No ano passado, foi construída segunda praça de alimentação com 300 lugares.

De acordo com o gerente geral Rafael Tadeu Comenale, a estratégia será fortalecer as áreas de vestuário e utilidades domésticas com marcas renomadas do mercado que ainda não estão presentes no complexo. Serão três âncoras, três mega-lojas e 46 unidades satélites distribuídas por 7.000 metros quadrados de ABL (Área Bruta Locável).

Os empreendedores estão de olho em marcas como Lojas Renner e Fast Shop para ancorar o novo espaço. Os nomes foram descobertos durante pesquisa realizada em 2009 pelo Grupo Ibope, que também identificou que 58% dos 70 mil frequentadores diários do Mauá Plaza pertencem à classe B.

"Estamos em negociação com redes de utilidades domésticas sediadas na região, além de outra rede nacional especializada em cama, mesa, banho e eletroeletrônicos", diz Comenale, sem relevar as marcas.

Principalmente o público feminino sente falta de grandes redes de calçados, acessórios, perfumaria. Diversificar a operação com marcas consideradas premium é a meta do complexo, que deverá fechar o primeiro semestre com alta de 30% no faturamento.

VAGAS - Após o fim da expansão calcula-se que pelo menos 500 empregos diretos e indiretos sejam gerados pelos novos varejistas no Mauá Plaza Shopping, com destaque para as âncoras, que necessitam de aproximadamente 70 funcionários para que a loja funcione plenamente.

SETOR - Balanço divulgado nesta semana pela Alshop Associação Brasileira de Lojistas de Shopping) sinaliza que haverá avanço de 14,5% nas vendas durante o primeiro semestre em relação ao mesmo período do ano passado. Censo realizado pela entidade no fim do ano indicou que os shoppings brasileiros abrigavam cerca de 94.318 lojas, sendo que a previsão é encerrar este ano com 96.139, o que significa acréscimo de 1,93% no número de estabelecimentos.