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Mandato de Siraque sofre 5º revés
Fábio Martins
Do Diário do Grande ABC
22/09/2011 | 07:25
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O primeiro suplente da coligação PT-PCdoB na Câmara Federal, Vanderlei Siraque, enfrenta inferno astral. Em menos de um ano, o petista sofreu cinco reveses na saga para ocupar cadeira em Brasília. O último deles na votação de ontem no Congresso Nacional para definir o novo ministro do Tribunal de Contas da União. A deputada federal Ana Arraes (PSB-PE) assegurou a vaga, em detrimento de Aldo Rebelo (PCdoB-SP). A ida do comunista ao órgão sacramentaria o ingresso de Siraque no Parlamento.

Aldo perdeu com 149 votos, contra 222 da socialista, que detinha apoio em especial do governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), filho, principal cabo eleitoral e grande aliado petista. Por conta disso, a projeção é que somente o PT deu 75 votos para a vitória da deputada, enquanto os outros 11 dos 86 do total da bancada foram para o comunista.

Siraque negou que vivia expectativa de assumir neste momento, pois Ana Arraes era franca favorita. "Toda a bancada do Nordeste, até do PT estava unida em torno da deputada, com articulação forte do Eduardo Campos." O ex-prefeito Luiz Inácio Lula da Silva foi outro a apoiar Ana.

O petista garantiu que o trabalho tem sido com a hipótese real de assumir com a eleição de algum deputado a prefeito em 2012. "A chance é grande nessa situação. Há, pelo menos, o Carlinhos Almeida (PT - São José dos Campos) e João Paulo Cunha (PT - Osasco).

Siraque também se ampara na possibilidade de mudança no 1º escalão da presidente Dilma Rousseff (PT). Cogita-se que a petista vai executar movimentação em fevereiro.

Após a contagem final dos sufrágios na eleição de 2010, Siraque chegou a ser anunciado como detentor de uma cadeira, só que durou pouco tempo. A primeira baixa se deu com o julgamento do ex-prefeito de Santos, Beto Mansur (PP), cuja candidatura havia sido impugnada mas depois o Tribunal Superior Eleitoral liberou. A segunda derrota de Siraque ocorreu um mês depois, com Paulo Maluf (PP), em caso parecido com o de Mansur.

Outra possibilidade de alcançar a vaga seria com a saída de Francisco Everardo da Silva, o Tiririca (PR), que correu risco de não assumir o cargo caso fosse comprovado que era analfabeto. O que não ocorreu.

A penúltima chance foi com o desgaste do então ministro de Relações Institucionais, Luiz Sérgio. O mais cotado para substituir Sérgio era o líder do governo Dilma na Câmara, Cândido Vacarezza (PT). A ida dele para o Executivo alçaria Siraque. No entanto, a ministra da Pesca, Ideli Salvatti (PT), apenas trocou de posto com Sérgio.




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