O presidente americano, George W. Bush, afirmou nesta segunda-feira que a milícia xiita libanesa do Hezbollah "foi derrotada" no conflito com Israel, e previu que a influência do grupo no Líbano irá diminuir. "O Hezbollah iniciou a crise, e sofreu uma derrota", disse Bush em entrevista coletiva no Departamento de Estado, referindo-se à mobilização de uma força multinacional e do Exército libanês no sul do país, para prevenir ataques da milícia contra Israel.

Bush também disse esperar que o cessar-fogo que vigora desde a madrugada desta segunda-feira seja mantido, mas alertou que essa responsabilidade é da milícia xiita, e não dos governos israelense ou libanês. "Foi o Hezbollah que atacou Israel. Mas não posso falar pelo Hezbollah, que é uma organização terrorista".

"A responsabilidade pelo sofrimento do povo libanês também recai sobre os Estados que patrocinam o Hezbollah, Irã e Síria", comentou. O regime iraniano financia, fornece armas e treina os combatentes do grupo, afirmou Bush.

"O Irã deixou bem claro que deseja a destruição de Israel. Só nos resta pensar no quão mais perigoso teria sido esse conflito se o Irã tivesse a arma nuclear que pretende possuir", acrescentou o presidente.

No próximo dia 31, termina o prazo dado pelo Conselho de Segurança da ONU a Teerã para que renuncie às atividades nucleares sensíveis.

Bush também acusou o governo sírio pela crise de 32 dias no sul do Líbano, que deixou mais de 1,2 mil mortos, a maioria civis: "A Síria é outro Estado que apóia o Hezbollah, permitindo que as armas iranianas atravessem seu território em direção ao Líbano. A Síria permite que os líderes do Hezbollah operem desde Damasco, e apóia politicamente a causa da milícia".