Durante um debate com os alunos da famosa Universidade de Oxford, nesta sexta-feira, Chirac sugeriu que Brasil, Alemanha, Japão, Índia e "um grande país africano" - como a Nigéria ou a África do Sul – entrem para o Conselho de Segurança. Hoje, o grupo é composto apenas por Estados Unidos, França, Rússia, China e Reino Unido.

Chirac afirmou que a ONU é uma "grande realização", mas observou que a entidade precisa de mudanças nos dias atuais. "Como todas as organizações humanas, ela envelheceu um pouco."

"Várias reformas se impõem para adaptar a ONU", afirmou Chirac, frisando que é preciso modernizar o Conselho de Segurança, que é o "motor decisivo" das Nações Unidas e "já não é verdadeiramente representativo no mundo atual".

O presidente francês propôs a criação de uma espécie de "Conselho de Segurança econômico e social", com a tarefa de "enfrentar as crises". O órgão proposto por ele teria o direito de interferência política e militar, mas algo estritamente submetido às leis das Nações Unidas.

Durante o debate com os estudantes, Chirac enfatizou que era necessário "aceitar o princípio de direito de ingerência quando há um perigo para a paz ou para os direitos humanos".