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General argentino da ditadura é detido em prisão federal
Da AFP
26/09/2007 | 18:17
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O general da reserva Luciano Benjamín Menéndez, um dos líderes da última ditadura militar argentina (1976-83) e acusado de graves violações aos direitos humanos, foi detido nesta quarta-feira no presídio federal de Jujuy.

Menéndez, conhecido como "A Hiena" de "A Pérola", um dos principais campos de concentração da ditadura, que funcionou em Córdoba, vinha cumprindo prisão domiciliar desde 2003, por outro processo, no qual era acusado de privação ilegítima de liberdade, torturas e homicídios.

A situação judicial do general se agravou nesta quarta-feira, depois da audiência com o juiz da província de Jujuy sobre o desaparecimento da professora e militante política Dominga Álvarez de Scurta, seqüestrada por forças de segurança em maio de 1976.

Durante a audiência, milhares de manifestantes se concentraram diante do tribunal de San Salvador, capital de Jujuy, para exigir uma punição severa contra o general. Os ativistas foram dispersos com bombas de gás lacrimogêneo pela polícia local, após terem atacado com pedras e paus o veículo do serviço penitenciário usado para transportar Menéndez.

O general Menéndez comandou o poderoso 3º Corpo do Exército, com jurisdição no centro e noroeste da Argentina, uma das regiões onde a repressão foi mais cruel.

Sob o comando de Menéndez, funcionaram pelo menos 60 centros clandestinos de detenção, dentre os quais o maior foi "A Pérola", que abrigou aproximadamente 5 mil prisioneiros entre 1976 e 1979. A maioria deles acabou desaparecendo.

Também foi chamado a prestar esclarecimentos no caso da professora desaparecida o general da reserva Antonio Domingo Bussi, governador de Tucuán durante a ditadura.

Cerca de 30 mil pessoas desapareceram na ditadura, segundo dados de organismos humanitários.




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