A varredura nos 441 contratos firmados na administração do PT de Santo André começará amanhã. Hoje à tarde, depois de um mês de constantes adiamentos, a Prefeitura anunciará o nome da empresa vencedora que fará a auditoria.

Antes de ter o escritório de advocacia escolhido e homologado, porém, a administração municipal, por meio da Comissão de Licitações, terá de julgar o último recurso interposto por uma das três empresas que participam do certame.

A empresa que fará a auditoria nos contratos terá de concluir o trabalho nas contas do poder público no prazo de 60 dias, conforme prevê o contrato.

Quatro empresas formalizaram propostas para realizar a auditoria dos 441 contratos e convênios firmados durante a gestão petista. Dessas, uma foi desabilitada pela Prefeitura.

Das três que participam do processo de licitação, duas interpuseram recurso, uma contra a outra, de acordo com informações das secretarias de Administração e de Assuntos Jurídicos.

A modalidade da licitação é a carta-convite, que tem limite de até R$ 80 mil. A escolhida será a empresa que apresentar a menor proposta. Para o prefeito de Santo André, Aidan Ravin (PTB), a auditoria é fundamental para os futuros projetos que serão tocados pela administração.

Outro objetivo, de acordo com a Prefeitura, é eximir o petebista de qualquer responsabilidade em possíveis irregularidades encontradas na última gestão do petista João Avamileno.

Entre os projetos que serão analisados estão os da área da Saúde, como reposição de médicos no Pronto-Atendimento Central (material hospitalar e compra de medicamentos), além de Educação (salas de aulas, funcionamento e manutenção da Sabina Escola Parque do Conhecimento e materiais para o ano letivo).

Os contratos da Secretaria de Inclusão Social também serão analisados pela empresa vencedora, desde o fornecimento de merenda pela Craisa (Companhia Regional de Abastecimento Integrado de Santo André) até os serviços oferecidos pelas casas-abrigos.

CONTRA - A modalidade carta-convite foi criticada por especialistas em Direito. Segundo os advogados consultados pelo Diário, dificilmente a Prefeitura conseguiria encontrar uma empresa de renome no mercado para a realização de trabalho complexo por meio de carta-convite. A administração municipal não discorda desta avaliação.