O anúncio de Lagos foi feito durante a divulgação do relatório da Comissão Nacional sobre Prisão Política e Tortura. Ele ainda informou a criação do Instituto Nacional de Direitos Humanos para impedir que essas práticas voltem a acontecer no país. A organização terá a missão de promover o respeito a tais direitos.
"Este relatório constitui uma experiência sem precedentes no mundo. Foi capaz de entrar, 31 anos mais tarde, em uma parte obscura de nossa vida nacional, em um abismo profundo de sofrimentos e de tormentos", afirmou o presidente, em mensagem transmitida ao país por rádio e televisão.
"Tenho lido e analisado este relatório com muito cuidado. Contém o testemunho de mais de 35 mil pessoas residentes no Chile e no exterior; 28 mil desses testemunhos foram aceitos como válidos e 7 mil não cumpriram os requisitos estritos para que fossem aceitos pela Comissão", acrescentou.
Essas 7 mil pessoas terão o direito a uma revisão de seus processos pela Comissão. Durante a ditadura de Pinochet (1973-1990), estima-se que 3 mil opositores tenham morrido. Outros 1.198 aparecem na lista de presos desaparecidos.
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