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Gerson dá adeus e PV fica
sem vereador em Ribeirão
Cynthia Tavares
Especial para o Diário
27/08/2011 | 07:42
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O presidente da Câmara de Ribeirão Pires, Gerson Constantino (PV), anunciou sua saída do PV. O rumo do vereador é o PSD, idealizado pelo prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (sem partido). A desfiliação será oficializada assim que a nova sigla foi registrada no Tribunal Superior Eleitoral, o que deve ocorrer na semana que vem.

Em duas semanas, o PV viu sua bancada de três parlamentares ruir. Se antes a sigla do prefeito Clóvis Volpi (PV) ostentava a condição de maior bloco no Legislativo, hoje amarga a realidade não possuir mais representante.

Primeiro foi Saulo Benevides que migrou para o PMDB, de olho na candidatura ao Paço. Na terça-feira, foi a vez de Koiti Takaki anunciar sua saída e a presidência da comissão provisória do PSD na cidade.

"Perdi mais de 4.000 votos com a saída dos vereadores. Vou repor com outros candidatos por meio de um trabalho de filiação que será feito de maneira urgente", disse José Valentim Seraphim, presidente do diretório municipal. De acordo ele, Volpi pediu reforços "imediatamente".

A decisão de Gerson ocorre após momentos de instabilidade no relacionamento do parlamentar com o Executivo. Desde que começou a articular sua candidatura à presidência da Casa, no ano passado, o verde e o prefeito Clóvis Volpi (PV) não andavam na mesma sintonia.

A situação ficou insustentável nos últimos meses, com a pesquisa eleitoral encomendada pelo governo, na qual o nome de Constantino - cotado pelo próprio Volpi - não aparecia. "Pude perceber que ali não era meu lugar. Terei mais liberdade e poderei crescer. Na época me perguntei que partido era aquele que me excluía dessa forma e onde tinha errado. O que estou fazendo agora é para meu crescimento político", afirmou.

Koiti admitiu que se utilizou da fragilidade no relacionamento do presidente com a administração para articular a seu favor. "Foi algo natural. Em cima do descontentamento eu fiz o convite. O Gerson tem peso muito grande, principalmente por conta da presidência."

O ingresso do presidente no PSD representa aliança com grupo de Saulo, um dos principais adversários da atual administração. O parlamentar estará no pleito pela Prefeitura no ano que vem pelo PMDB e conta com PHS, PSD e PSC no arco de alianças. "Na realidade, o Gerson foi mais um injustiçado, pois não teve espaço e saiu por isso", avaliou Saulo.

Entretanto, o posicionamento governista de Gerson continuará. "Pretendo continuar votando com o governo. Fechei uma palavra e velo por ela. Procuro sempre cumprir com aquilo que falo", garantiu. A intenção de manter o alinhamento com a administração foi conversada com Koiti, que não viu problemas.




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