O autor de uma biografia falsa divulgada na enciclopédia on-line Wikipedia admitiu sua autoria e disse que o fez por brincadeira, que acabou "terrivelmente mal". O jornal The Tennessean, de Nashville, Tennessee, identificou o autor como Brian Chase, 38 anos, diretor de operações de uma companhia de entregas.

Segundo o veículo, Chase admitiu ter criado a biografia do jornalista John Seigenthaler, o identificando como possível suspeito dos assassinatos do presidente John Kennedy e de seu irmão, o senador Robert. Siegenthaler é um jornalista aposentado que, durante os anos 60, foi adjunto do então procurador-geral Robert Kennedy.

De acordo com a edição dominical do periódico, Chase disse que incorporou à internet a informação falsa para fazer uma brincadeira com um colega e não sabia que a Wikipedia era usada como ferramenta séria de referência.

"Soube pelos jornais que Seigenthaler estava procurando o autor e eu fui o autor, por isso precisava fazer com que soubesse que não tenho nada contra ele, que foi uma brincadeira que acabou terrivelmente mal", declarou Chase.

"Lamento muito ter sido injusto com o homem. É um grande sujeito. É realmente um campeão da liberdade de expressão. E pensar que usei o que ele defende de forma a fazer com que ficasse mal me fez lamentar, lamento muito", acrescentou.

Lançada em 2001, a Wikipedia ("wiki" significa "rápido" em havaiano) é uma enciclopédia on-line de acesso gratuito, criada com a colaboração dos próprios usuários. Tem cerca de dois milhões de artigos e dispõe de sites em 200 idiomas com pelo menos 500 mil artigos.

Sua credibilidade tem sido questionada depois da publicação da falsa biografia de Siegenthaler.