Os profissionais de TI (Tecnologia da Informação) aguardam a confirmação da data do julgamento do dissídio coletivo. Segundo informações do Sindpd (Sindicato dos Trabalhadores de Tecnologia da Informação), a audiência deve acontecer por volta do dia 13.

A decisão é decorrente da falta de acordo entre trabalhadores e empresas. A data-base da categoria é em 1º de janeiro (quando começaram as rodadas de negociação).

Desde o início do ano a categoria tenta ‘fechar' o dissídio coletivo junto às empresas, mas, nem mesmo com o intermédio do MPT (Ministério Público do Trabalho), houve consenso. Por esse motivo, caberá à Justiça decidir sobre as reivindicações feitas.

Devido a essa decisão, os funcionários mantêm estado de greve com estabilidade no emprego. Enquanto isso, tramitam três diferentes propostas de dissídio.

A vice-presidente do TRT (Tribunal Regional do Trabalho), desembargadora Sonia Maria Prince Franzini, analisou a ação de dissídio coletivo e fez uma proposta que, apesar de ficar abaixo das reivindicações dos trabalhadores, atende suas principais exigências - reajuste linear de 8,05%, vale-refeição de R$ 10, criação de piso para analista e programador e, também, obrigatoriedade de plano para PLR (Participação nos Lucros e Resultados).

Na contrapartida, os trabalhadores do segmento solicitam 11,9% de aumento salarial, PLR, auxílio-refeição de R$ 15 e ampliação de pisos.

Já os empresários apresentaram ao Ministério Público aumento de 7,5% nos salários, vale-refeição de R$ 8 para as empresas com mais de 200 empregados e aumento de 9% para os pisos.

Para Antonio Neto, presidente do Sindpd, há grandes possibilidades de o tribunal conceder as cláusulas apresentadas. "Estamos confiantes."

A categoria é composta por 90 mil profissionais no Estado de São Paulo, nas mais de 7.800 empresas, que concentram quase metade da categoria no Brasil.

O Grande ABC corresponde a 15% do total, aproximadamente, o que representa 13,5 mil trabalhadores.