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Escolas propõem 5,3% de reajuste salarial
Erica Martin
Do Diário do Grande ABC
21/03/2012 | 07:00
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Claudinei Plaza/DGABC


O salário dos professores e profissionais de instituições privadas deve ter reajuste de 5,3% no Grande ABC. Isso significa que haverá apenas correção da inflação do período, sem aumento real nos salários. Por enquanto, porém, o percentual é apenas prévia do sindicato das escolas particulares, já que a negociação com a entidade que representa os trabalhadores ainda está em andamento. "Portanto, não é para os empresários anteciparem o aumento dos salários. É preciso esperar o acordo ser fechado", orientou o presidente do Sieeesp (Sindicato de Estabelecimentos de Ensino do Estado de São Paulo), Benjamin Ribeiro. Segundo ele, a data-base para os ajustes foi no dia 1º, mas o acordo poderá sair até o dia 30 de abril. O Sinpro-SP (Sindicato dos Professores de São Paulo) não foi localizado para comentar a proposta.

CONTA - Três índices inflacionários foram considerados na hora de calcular o possível reajuste: o INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor), o IPC (Índice de Preços ao Consumidor) e o ICV (Índice de Custo de Vida), que registraram, no acumulado de 12 meses até fevereiro, 5,47%, 4,6% e 5,85% respectivamente . "É justo para escolas e professores e mais eficiente do que se fosse usado só um deles para o cálculo, pois são elaborados por instituições diferentes", comentou Pedro Cia, diretor administrativo do colégio Arbos, que tem três unidades na região.

INADIMPLÊNCIA- Para o presidente do Sieeesp, o cenário econômico, por enquanto, é positivo para o setor educacional. Até por conta da queda da taxa de desemprego, que em janeiro atingiu, pela primeira vez, o patamar de 9,9% na região, de acordo com a PED (Pesquisa de Emprego e Desemprego) realizada pelo Seade/Dieese. Até então, todos os índices da região eram formados por dois dígitos. "Por outro lado, se o desempenho econômico cair pode criar efeito cascata e aumentar a inadimplência na região", explicou Ribeiro.

De acordo com ele, as classes C e D, que representam hoje 30 milhões de pessoas no Brasil, são as grandes consumidoras dos colégios particulares. "Mas ao perderem o emprego, a escola é o primeiro item da lista de gastos que deixam de pagar", disse o presidente. Por enquanto, os mantenedores de escolas na região não precisam se preocupar com possíveis calotes. A inadimplência no setor, que foi de 3,67% em janeiro, caiu para 2,87% em fevereiro.




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