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Acusados da morte de chinês se entregam à polícia
Do Diário OnLine
06/09/2003 | 18:35
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Entregaram-se à Polícia Civil do Rio de Janeiro neste sábado os seis acusados de envolvimento com a morte do comerciante chinês Chan Kim Chang, que morreu na última quinta-feira. Na noite passada, a Justiça do Rio decretou a prisão dos agentes penitenciários, suspeitos de ligação com o crime.

Os agentes detidos são Denis Gonçalves, Everson Azevedo da Mota, Carlos Alberto de Souza Rodrigues, Ricardo Wagner Sarmento Alves e Ricardo Duarte Pires Valério e Raul Broglio Júnior. Todos estiveram na cela onde o chinês sofreu o trauma. Após se entregarem, eles prestaram depoimento, em que mantiveram a versão de que Chang se feriu sozinho.

Michel Assef, advogado de cinco dos acusados, afirmou que pedirá habeas-corpus para seus clientes. Segundo ele, o pedido de prisão só saiu por conta da pressão do consulado chinês. Pela manhã, o secretário estadual de Segurança Pública, Anthony Garotinho, afirmara que a fuga dos agentes corresponderia a uma confissão de culpa e que uma testemunha poderia provar que Chang foi agredido antes mesmo de chegar ao presídio.

Os seis acusados, além do agente Carlos Luiz Correa, foram afastados do cargo pela Secretaria de Administração Penitenciária na sexta. Segundo o delegado que comanda o inquérito, Marcelo Fernandes, os indiciados ainda serão levados para o Instituto Médico Legal (IML) e depois seguirão para uma unidade da Polinter, no Grajaú, zona Norte do Rio.

No início da tarde, o secretário de Administração Penitenciária, Astério Pereira dos Santos, também afastou o agente penitenciário Luiz Torres, vice-diretor do presídio. Na segunda-feira, foi a vez do diretor do presídio Ary Franco, Luiz Gustavo Mathias, deixar o cargo.

Chang, 46 anos, foi preso quando tentava embarcar para os Estados Unidos com US$ 30 mil não declarados à Receita Federal. Segundo os agentes penitenciários, ele se autoflagelou após sofrer um colapso nervoso. No entanto, o Instituto Médico Legal (IML) concluiu que o chinês morreu em conseqüência de espancamento.

Perícia - Neste sábado, a Polícia Civil do Rio de Janeiro divulgou resultado de uma nova perícia realizada no presídio Ary Franco. No local, foram encontrados vestígios de sangue na cela, corredores e na sala onde Chang teria sido espancado.

Para identificar os vestígios de sangue, foi utilizado um reagente químico especial, já que os locais onde Chang esteve foram lavados anteriormente.




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