A escola, local do crime, continua sem aulas. N.A.S. e outros sete infratores aproveitaram um portao aberto nos fundos da Febem, que dá acesso a um campo de futebol, para fugir. Três deles foram recapturados pela PM. O promotor de Justiça da Vara da Infância e da Juventude de Ribeirao Preto, Luiz Henrique Pacini Costa, que nao acreditou na confissao de N.A.S., também desconfia que a fuga dos menores foi facilitada. "Foi uma desatençao muito grande e essa fuga tem que ser apurada", disse.
Para o promotor, o garoto N.A.S., que "causou clamor social", nao poderia ter escapado. Ele disse que nao tem dúvidas de que o menor é cúmplice do crime, mas nao acredita que o menor tenha disparado a arma semi-automática 380. Em sua opiniao, o garoto estaria encobrindo um maior. Sobre o outro menor, W.R.M.S., de 15 anos, também detido mas que nao fugiu da Febem, Costa aposta em sua inocência. "Cada hora o N.A.S. fala uma coisa; o que ele fala na delegacia, diante de mim tem outra versao", resumiu.
Telefonema - Enquanto N.A.S. confessava a autoria dos disparos, a Delegacia de Investigaçoes Gerais (DIG) recebia um telefonema anônimo informando que Garça seria o responsável. Na casa de Garça, a polícia encontrou caixas de muniçao e balas de fuzis, além de paredes esburacadas por tiros - até a igreja evangélica ao lado foi atingida. Isso teria ocorrido antes da morte de Branco. A polícia trabalha com a hipótese de que Garça teria se vingado ao disparar vários tiros contra Branco, que estava no pátio da escola.
Na segunda-feira, poucas horas depois do crime, um garoto de 14 anos comentou com a reportagem da AE que N.A.S. estaria encobrindo Garça. "Ele tinha dado um tiro no braço do Branco e voltou para terminar o trabalho", disse o garoto, que, por ter desentendimentos com Garça, preferiu o anonimato. Acusou ainda um outro rapaz de 18 anos de participaçao no crime.
Medo - Pais e alunos continuam com medo e pedem providências urgentes. O prefeito de Ribeirao Preto, Luiz Roberto Jábali (PSDB), comprometeu-se a contratar agentes de seguranças para as escolas estaduais da cidade através de um convênio firmado com a Associaçao de Pais e Mestres (APM).
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