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Candidatos iniciam corrida à direção-geral da OMC
Da AFP
24/01/2005 | 19:41
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A corrida pela direção-geral da OMC (Organização Mundial do Comércio) começa na próxima quarta-feira, com a apresentação oficial dos quatro candidatos à sucessão do tailandês Supachai Panitchpakdi - entre eles o brasileiro Luiz Felipe de Seixas Corrêa. Também estão na corrida Carlos Perez del Castillo (Uruguai), Pascal Lamy (França) e Jayen Cuttaree (Ilhas Maurício). Eles defenderão seus projetos diante dos embaixadores dos 148 países integrantes do organismo, reunidos no Conselho Geral extraordinário.

"Todos os candidatos possuem um excelente currículo, mas dois deles, Lamy e Pérez del Castillo, têm contatos muito bons em diferentes capitais, o que pode influenciar a decisão", diz um embaixador do continente americano. "Lamy, que foi comissário europeu de Comércio até o fim do ano passado, conhece todo mundo, enquanto Pérez del Castillo dirigiu em 2003 o Conselho Geral", acrescenta.

A reunião de quarta-feira é a primeira de uma campanha e um processo de seleção que se assemelha ao esquema de alguns reality-shows: a cada etapa, são retirados da disputa os candidatos com menos apoio.

"É muito difícil, neste momento, saber quem vencerá, já que poucos países divulgaram sua preferência", diz um embaixador do hemisfério sul. "Alguns dizem que será Lamy, mas não foi feita nenhuma pesquisa", acrescenta. "Amanhã, eles terão a oportunidade de defender sua candidatura, e nós, de fazer perguntas. Queremos ouvir o que cada candidato tem a dizer", continua o embaixador.

"O fato de se enfrentarem dois candidatos latino-americanos representa um problema sério", destaca um embaixador do continente. "Se um deles for eliminado no primeiro turno, as chances do outro aumentam", explica. Para ele, o candidato uruguaio é mais forte do que Seixas Corrêa, embaixador brasileiro na OMC, "porque tem a vantagem de ter anunciado sua candidatura primeiro".

Com exceção de Lamy, todos os candidatos são de países em desenvolvimento, que representam a grande maioria dos países da OMC. Eles alegam que a organização deve ser dirigida por alguém procedente de um país pobre, porque comprometeu-se, em 2001, com uma rodada de negociações que pretende colocar o comércio a serviço do desenvolvimento.

O novo diretor-geral será designado por consenso, no mais tardar em 31 de maio, três meses antes do fim do mandato de Supachai.




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