O ministro turco de Relações Exteriores, Abdullah Gul, declarou nesta sexta-feira que a polícia deteve várias pessoas suspeitas de relação com os atentados suicidas cometidos na véspera em Istambul. Vinte e sete pessoas morreram e mais de 450 ficaram feridas nos dois ataques com carros-bomba, assumidos pela rede terrorista Al Qaeda. Entre os mortos, estava o cônsul britânico na Turquia, Roger Short.

Segundo o jornal Hurriyet, pelo menos sete pessoas foram detidas por ligação com os atentados contra o banco HSBC e o consulado britânico. Elas estão sendo interrogadas por uma brigada antiterrorista. Por outra parte, a publicação informou também que os dois suicidas responsáveis pelos ataques foram identificados como turcos.

A rede terrorista Al Qaeda reivindicou nesta sexta-feira os atentados, em mensagem distribuída pelo jornal saudita Al Majalah. No comunicado, atribuído a um dos líderes da organização, Abu Mohamed Al Ablaj, cuja autenticidade ainda não foi estabelecida, novas operações estão sendo planejadas contra os Estados Unidos e Japão.

Straw - O ministro das Relações Exteriores da Grã-Bretanha, Jack Straw, que viajou para a Turquia após os atentados, afirmou que os ataques tinham como alvo não somente o Reino Unido, mas também os turcos. Ele ainda disse que seu país continuará lutando contra o terrorismo.

Straw declarou que os atentados vão fortalecer a relação da União Européia com a Turquia, ao invés de prejudicá-la. Ele acrescentou que a Grã-Bretanha vai aumentar a cooperação com o país para deter os responsáveis pelos ataques.