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Bienal internacional de gravura começa no ABC
Everaldo Fioravante
Do Diário do Grande ABC
08/11/2001 | 18:07
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  Santo André abre nesta sexta a 1ª Bienal de Gravura, um grande evento que promete consolidar o nome da cidade no circuito brasileiro de artes visuais, reconhecida no cenário nacional devido ao tradicional Salão de Arte Contemporânea do município. São mais de 600 obras em exposição em 25 espaços distribuídos entre o Grande ABC e São Paulo. O Diário inicia nesta sexta uma série de reportagens sobre o evento, que fica em cartaz até 26 de janeiro.

Junto com composições de brasileiros ainda há trabalhos assinados por artistas do Canadá, da Venezuela, de Portugal e de Macau, na China. A Bienal de Gravura terá ainda outras atrações, como encontros com especialistas no assunto, entre eles Renina Katz e Evandro Carlos Jardim.

Eventos voltados à gravura do porte que a Bienal andreense promete alcançar são raríssimos no Brasil. A Mostra de Gravura Cidade de Curitiba, por exemplo, é o mais tradicional do gênero no país.

A gravura é caracterizada pela multiplicação de imagens. O artista desenvolve o trabalho em uma matriz (que pode ser de madeira ou metal, entre outras) e depois imprime múltiplos da obra sobre o suporte, geralmente o papel. Para a impressão é necessário tinta, uma prensa e um mestre impressor – o técnico na reprodução.

No Salão de Exposições do Paço Municipal de Santo André serão exibidas as obras que participaram da competição da Bienal e foram selecionadas, além dos trabalhos premiados, totalizando 275 obras.

O saguão do Teatro Municipal de Santo André, espaço contíguo ao Salão, abrigará as exposições de gravuras internacionais contemporâneas, vindas de Portugal, Macau e Canadá. Composições dos gravuristas da Venezuela tomarão o Paço Municipal de São Bernardo.

A exposição Trajetória da Gravura no Brasil, na Casa da Cultura e Museu Barão de Mauá, traz obras de mestres da linguagem, entre eles Lívio Abramo, Alex Cerveny, Carybé, Aldemir Martins e Irene Ribeiro.

O geometrismo na gravura pode ser visto em exposição no Centro Cultural Diadema, na qual o concretista andreense Luiz Sacilotto é um dos destaques.

Em São Paulo, o Joh Mabe Escritório de Arte exibirá gravuras contemporâneas assinadas por Manabu Mabe (pai de Joh, falecido), Kazuo Wakabayashi e Tomie Ohtake, por exemplo.

A Bienal é organizada pela Casa do Olhar, instituição andreense que trabalha com pesquisa e difusão de arte plástica contemporânea, sobretudo a produzida no Grande ABC. A artista plástica Paula Caetano, responsável pela Casa, coordena o evento.




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