A derrota complicou a situação do Brasil na Copa das Confederações, pois apenas os dois primeiros colocados do grupo se classificam para a semifinal. Turquia e Camarões somam três pontos (os europeus estão na frente por terem marcado dois gols), enquanto Brasil e EUA não pontuaram (a Seleção está em 4º lugar porque não marcou gol). A próxima rodada do Grupo B ocorre sábado (21), com Turquia x Camarões (14h, em Saint-Denis) e Brasil x EUA (16h, em Lyon). "A situação está muito bem definida. Temos de vencer os dois próximos jogos para pensar em chegar na semifinal", afirmou o técnico Carlos Alberto Parreira.
Depois de conseguir a primeira vitória na atual 'era Parreira', há exatos sete dias (3 x 0 contra a Nigéria, em amistoso), a Seleção Brasileira regrediu e não foi nem sombra da equipe aplaudida pelo público africano em Abuja. Penso para o lado esquerdo e sem opções de jogadas pela direita, o Brasil foi presa fácil para a marcação da equipe de Camarões, comandada pelo alemão Winfried Schaefer. Os africanos dominaram todo o segundo tempo e chegaram ao merecido gol da vitória numa falha de posicionamento da defesa brasileira, que foi pega de surpresa num veloz contra-ataque.
O trio canhoto Kléber-Ricardinho-Gil, menina dos olhos de Parreira, simplesmente desapareceu na marcação dos africanos. O atacante Adriano, outro que teve atuação destacada no amistoso contra a Nigéria, também foi facilmente anulado. Parreira demorou a mexer no time e, quando o fez, não teve sucesso. Ilan substituiu Adriano e nada fez. Adriano Sousa substituiu Kléberson e nada acrescentou. O único destaque brasileiro foi Dida, que promoveu importantes defesas e impediu uma derrota ainda mais vexatória.
O primeiro tempo foi sonolento. A primeira boa chance surgiu aos 18 minutos, quando Lúcio desceu ao ataque e serviu Adriano, que chutou forte em cima do goleiro Kameni. O troco camaronês saiu aos 32. Numa bola perdida por Belleti no meio, Idrissou desceu ao ataque e cruzou na medida para Eto'o. Livre, o camisa 9 cabeceou e Dida fez boa defesa. Dez minutos mais tarde, Ndoumbe recebeu de Geremi pela direita e cruzou na área. Marcado por dois brasileiros, Foe tentou a bicicleta e furou. Mas a bola sobrou limpa para Idrissou, que tentou pegar de primeira e acabou recuando para Dida. A última grande chance do Brasil na partida surgiu nos descontos, aos 46. Ronaldinho Gaúcho fez fila na defesa camaronesa e chutou prensado no canto esquerdo, mas Kameni desviou para escanteio.
A fase final foi ainda pior para o Brasil. Sem conseguir sair da marcação africana, a Seleção ficou perdida no meio-campo e praticamente não ameaçou o goleiro Kameni. Dominante na partida, Camarões começou a se soltar mais e criou boas oportunidades para abrir o placar. A primeira delas foi aos 16 minutos, quando Idrissou aproveitou a bobeada da zaga brasileira e finalizou em cima de Dida. Aos 27, o goleiro brasileiro voltou a trabalhar e impediu o gol de Job, que disparou em contragolpe após uma bola perdida por Ilan no meio.
Dez minutos mais tarde, os africanos fizeram o gol da vitória. Dida cobrou tiro de meta, um defensor de Camarões afastou a bola de cabeça no meio-campo e ainda lançou Eto'o para o contragolpe. O camisa 9 ganhou de Lúcio na corrida e acertou um petardo da intermediária. Dida, adiantado, não conseguiu desviar. 1 a 0 Camarões, aos 37.
O árbitro russo Valentin Ivanov até tentou ajudar o Brasil, dando cinco minutos de desconto, mas a Seleção não conseguiu desfazer o vexame. O único chute a gol do Brasil na fase final só saiu aos 46, com Belleti. Vaiado pelo público que compareceu ao Stade de France, o time do Brasil assistiu à festa africana em Paris.
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