Um fio de alta tensão caiu em cima de um carro, que acabou incendiado em frente a uma loja de presentes na altura do número 359 da Rua Pindorama, no Parque João Ramalho, em Santo André, por volta das 9h de sábado. Diversas casas vizinhas do local do acidente tiveram lâmpadas e eletrodomésticos queimados devido à descarga elétrica provocada pelo acidente. Uma agência de motoboys pegou fogo e ficou completamente destruida. Ninguém ficou ferido.

Pai do dono do carro, o comerciante Luiz Manoel dos Santos, 60 anos, se preparava para lavar o veículo quando o fio despencou. "Deu um estrondo mais forte que um trovão. Caiu faísca em cima de mim", contou o comerciante, explicando que não foi queimado pelas faíscas que atingiram sua camisa.

Segundo a Eletropaulo, houve um rompimento na cruzeta do poste (equipamento que sustenta e mantém os fios paralelos) e isso forçou o cabo, que se rompeu. Toda a região ficou sem luz até pouco antes das 10h. Porém, a empresa não soube informar quantas casas ficaram no escuro. A falta de luz persistiu na via do acidente e na Rua Porangaba, uma paralela, até as 14h.

A Eletropaulo informou ainda que irá ressarcir o prejuízo dos moradores. Para tanto, os interessados devem procurar a agência mais próxima da empresa, para protocolar suas reclamações.

Microempresários perderam todos os equipamentos
Três computadores, seis impressoras, três telefones, três mesas de escritório, três cadeiras, um micro-ondas, uma televisão e dez baús de motoqueiros. Este foi o prejuízo sofrido pelo microempresário Percival Pinal, 43 anos, dono de uma agência de motoboys que foi completamente destruída por um incêndio causado pela queda do fio de alta tensão na manhã de sábado.

"Fiquei sem chão, mas Deus vai levantar a gente de novo. Perdi tudo...", disse Pinal, contando que dava trabalho a até 20 motoboys por dia em sua agência.

Mulher e sócia de Pinal, a microempresária Luciana Aparecida Melo Pinal, 38 anos, contou que foi acordada por seus vizinhos, que a levaram de sua casa para a empresa, a uma quadra de distância. "Fiquei desesperada. O cara da Defesa Civil não conseguiu me segurar. Quando entrei na empresa, a televisão explodiu."

"Não deu para fazer nada. As chamas vieram da fiação. Pegou fogo de dentro para fora. Foi uma vida inteira que queimou", disse.