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Secretária de Sto.André é afastada do PT
Leandro Laranjeira
Do Diário do Grande ABC
24/02/2007 | 20:00
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O PT de Santo André afastou Teresa Santos da Comissão de Ética do diretório. Ela é secretária de Administração da Prefeitura Municipal e está sendo investigada pelo MP (Ministério Público) por alterações irregulares em documentos contábeis da Caixa de Pensões (atual Instituto de Previdência) em outubro de 2003.

A denúncia protocolada pelo ex-diretor da autarquia, Dalmir Ribeiro, envolve também outros dois secretários do Executivo. <EM>Será a primeira vez na história do PT de Santo André que uma filiada que ocupa cargo de confiança no governo será investigada pelo partido. Informações dão conta de que a ordem para encaminhar o problema à Comissão de Ética do diretório teria vindo do governo municipal, com a pretensão de abafar o caso. O assunto começa a ganhar força na Câmara e, mesmo contra a vontade de alguns petistas que defendem o tratamento interno do imbróglio, alguns parlamentares já falam até mesmo em instaurar CPI.

Postura similar foi adotada pela bancada petista no Legislativo no ano passado. Ao saber que a oposição protocolaria pedido de CPI para averiguar possíveis irregularidades no processo licitatório para transporte de merenda da Craisa (Companhia Regional de Abastecimento Integrado de Santo André), os governistas se anteciparam e protocolaram primeiro a solicitação de investigação.

Com isso, a responsável pela abertura da CPI foi a base de sustentação. A iniciativa eliminou qualquer questionamento sobre uma possível resistência do governo em apurar os fatos.

DANOS MORAIS - Dalmir Ribeiro, ex-diretor da autarquia, está processando por danos morais e materiais os secretários – Teresa Santos, Vladimir Rossi (adjunto de Administração e superintendente da Craisa) e Marcela Cherubine (Assuntos Jurídicos) – de agirem com “conduta ilícita, omissa ou comissiva” em fato ocorrido no final de 2003.

À época, foram feitas alterações irregulares nos balancetes de outubro daquele ano da Caixa de Pensões (então vinculada à Pasta de Administração a qual Teresa é responsável até hoje) porque a Prefeitura não concordava com uma dívida de R$ 25 milhões lançada a pedido de Ribeiro nos documentos contábeis da autarquia.

Teresa Santos é acusada por Ribeiro de ter determinado as alterações irregulares nos balancetes. Marcela Cherubine, como advogada, segundo Ribeiro, não reconheceu lei que assegurava a incidência dos juros no montante da dívida questionada pela Prefeitura.

Já Vladimir Rossi é processado por ter ido à imprensa “distorcer informações” e expor Ribeiro à “situação profissional vexatória de incompetência técnica.”




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