O secretário de Serviços Urbanos de São Bernardo, Gilberto Frigo, reclamou dos cortes de gastos propostos pela Secretaria de Finanças em uma renegociação com as empresas que realizam o trabalho de coleta e transporte de lixo para a Prefeitura. “Não houve como fazer a redução do contrato de lixo. É difícil. Como é que vou reduzir contrato de lixo?”, indagou.

Segundo Frigo, sua secretaria já fez redução nos contratos de coleta e transporte logo no início do mandato da atual administração e, segundo ele, todos sofreram redução, o que dificulta a margem de renegociação neste momento. “O professor (secretário de Finanças, Marcos Cintra) fala que, ao invés de varrer a calçada cinco vezes, varra três. Mas ele se esquece que isso eu já fiz no passado. Quando nós assumimos, com o Maurício Soares, ele nos solicitou uma revisão dos contratos. Todos os nossos contratos foram reduzidos. Alguns, na ordem de 30%.”

O secretário disse que é impossível comparar o preço de contratos para a coleta de lixo com o praticado por outras cidades do Grande ABC. “São Caetano não tem área rural. Os caminhões não têm de pegar estrada de terra para o bairro Batistini, para a represa, como em São Bernardo. O preço muda muito de acordo com os aspectos geográficos. Fizemos a licitação, e o preço que ganhou foi até abaixo do que a (Fundação) Getúlio Vargas colocou como referencial. Para reduzir o contrato novamente, nós trabalhamos a redução da varrição de rua. Mas não existe como reduzir. Se eu não recolher, (o lixo) ele fica na rua e ninguém leva lá para Sertãozinho (bairro de Mauá onde está o aterro sanitário Lara, que recebe o lixo de São Bernardo).

O secretário disse que o dinheiro que não poderá ser economizado em uma redução do preço dos contratos será compensado pela economia que a própria população, devido à crise, tem feito no consumo e, portanto, produzindo menos lixo. “Só neste mês houve uma economia de R$ 110 mil.”