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Entrada de importados crescerá em 2011
03/12/2010 | 07:15
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O gerente-executivo de política econômica da CNI (Confederação Nacional da Indústria), Flávio Castelo Branco, avalia que o ingresso volumoso de produtos industrializados importados deve crescer em 2011, em função da grande oferta de manufaturados no mundo e da expectativa de que a taxa de câmbio permaneça valorizada.

A avaliação foi feita durante a apresentação da pesquisa Investimentos na Indústria, realizada em nível nacional pela entidade com 454 empresas de todos os setores fabris.

O levantamento endossa a opinião de Castelo Branco. Dos empresários que informaram que vão comprar máquinas em 2011, 67,6% afirmaram que vão adquirir ao menos um equipamento no Exterior. Desse universo de companhias, 40,6% acreditam que vão elevar suas compras internacionais em relação a 2010.

Segundo o gerente-executivo, o estudo não detalha qual vai ser a proporção de máquinas que os empresários pretendem comprar no Brasil e no Exterior.

Para Castelo Branco, "é preocupante" o ingresso vigoroso de produtos acabados e de máquinas e equipamentos no País, pois isso prejudicaria as empresas nacionais e colaboraria no processo, mesmo que incipiente, de desindustrialização nacional. "O câmbio, embora seja um fator muito importante, não é o único elemento que está trazendo efeitos negativos à competitividade da indústria", destacou. "Entre outros elementos, há questões tributárias e gargalos de logística."

EXPORTAÇÃO - Segundo o executivo, os exportadores brasileiros enfrentam dificuldades em função da longa demora da devolução de créditos tributários aos exportadores por parte dos poderes executivos. Na esfera federal, ele ressalta a cobrança de PIS e Cofins, e no caso dos Estados, a questão envolve o ICMS. "O ex-secretário da Receita Federal Everardo Maciel estimou que o montante de créditos tributários relativo a estes três (impostos) chega a R$ 32 bilhões", comentou. "É um volume de recursos expressivos. Esse é um direito do empresário, que, por não recebê-lo, provoca impactos no seu orçamento e na gestão de seus

negócios", acrescentou.

Castelo Branco ressaltou que o exportador quando enfrenta dificuldades para manter a competitividade, sobretudo em seus custos, perde os incentivos para produzir não só para outros países, mas também para o Brasil.




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