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Motoristas de ônibus entram em greve em SP
Do Diário do Grande ABC
06/04/1999 | 12:00
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Cerca de 55 mil motoristas e cobradores de ônibus de Sao Paulo estao em greve desde as 0h desta terça-feira. A categoria reivindica o cumprimento de um acordo firmado em 1998 sobre participaçao nos lucros. O Transurb, sindicato patronal, informa que nem todas as empresas tiveram bons resultados e, por isso, nao podem fazer o pagamento.

O acordo foi feito há cerca de um ano e previa participaçao nos lucros, com base em três critérios: reduçao de acidentes, de faltas ao trabalho e do número de veículos que quebram no meio do trajeto e precisam ser recolhidos e substituídos. Se todas as metas fossem atingidas, os funcionários teriam direito a aproximadamente 300 reais. Apenas uma empresa, a TransKuba, conseguiu pagar 145 reais. Das 50 restantes, 16 nao pagaram nada. Na tarde de nesta segunda-feira, houve uma tentativa de conciliaçao no Ministério Público (MP), mas sem acordo. A Assessoria de Imprensa do Transurb informou que o sindicato quer a manutençao dos termos firmados em 1998, com o pagamento proporcional aos resultados de cada empresa. O sindicato dos condutores quer estipular o valor em, pelo menos, 200 reais.

Por causa da paralisaçao, o rodízio municipal foi suspenso e os carros com placas de final 3 e 4 podem circular livremente pela cidade. A CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) liberou a Zona Azul e faixas exclusivas. O trânsito está complicado e as plataformas do metrô lotadas. Cerca de 3 milhoes de pessoas sofrem o impacto da greve, dos 5 milhoes que sao transportadas por ônibus. A situaçao no momento é de caos nas principais avenidas, já que todos que podem estao utilizando o automóvel. Neste início da manha, há congestionamentos registrados nas avenidas 9 de Julho, 23 de Maio, Radial Leste, que liga a zona Leste com o Centro; e nas Marginais do Tietê e do Pinheiros.

Nsta manha, aconteceu uma reuniao entre o secretário dos Transportes de Sao Paulo, Getúlio Hanashiro, e dirigentes do sindicato dos trabalhadores. Hanashiro apresentou algumas propostas relacionadas às catracas eletrônicas, que deverao ser analisadas numa assembléia de trabalhadores, que acontece ainda nesta terça. Nenhum acordo para o fim da greve foi feito.




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