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Pinacoteca de São Paulo aposta em interatividade
Luís Felipe Soares
06/04/2017 | 07:00
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Divulgação


 O passeio por museus tradicionais está pronto para mudar. A visita a trabalhos de diferentes tipos é marcada por contemplação, análise e pouca interatividade. É justamente com o objetivo de dinamizar e tornar a experiência mais atrativa que foi idealizado o projeto A Voz da Arte, que acaba de chegar à agenda da Pinacoteca de São Paulo (Praça da Luz, 2. Tel.: 3324-1000).

Em tempos de smartphones estarem praticamente colados às nossas mãos, foi criado aplicativo que responde qualquer tipo de pergunta feita pelo público sobre determinadas obras. Trata-se de serviço gratuito já incluso no ingresso do local (R$ 6 nos dias de semana e gratuito aos sábados), com os aparelhos e os fones sendo entregues na entrada de algumas galerias localizadas no prédio e precisando ser devolvidos ao fim do passeio pela área em especial.

“Além da Pinacoteca ser o museu de arte mais antigo do Brasil, estamos agora entre os museus mais conectados do mundo. Os visitantes não ficarão mais sem respostas”, afirma Paulo Vicelli, diretor de relações institucionais da Pinacoteca de São Paulo.

A ideia é que dúvidas sobre quadros, esculturas e instalações sejam esclarecidas ao máximo por meio do IBM Watson, um sistema cognitivo. Com o smartphone em mãos, o visitante é notificado de que está próximo a um item interativo. “O sistema foi desenvolvido para registrar a intenção das perguntas, não para responder as questões em si. O Watson vai tentar realizar uma verdadeira conversa com o público”, explica Mauro Segura, diretor de Comunicação e Marketing da IBM Brasil.

Os primeiros passos de A Voz da Arte passam por sete obras escolhidas pela curadoria da Pinacoteca pensando em verdadeira viagem pela história da arte brasileira. Todo o processo de levantamento de informações e treinamento do sistema levou cerca de seis meses. Entre os itens escolhidos estão

Saudade (1899), de Almeida Junior; São Paulo (1924), de Tarsila do Amaral; e Mestiço (1934), de Cândido Portinari. Perguntas sobre cores usadas, curiosidades do autor e tantos outros detalhes – pertinentes ou não aos trabalhos – estão a cliques de distância. Mais informações em www.pinacoteca.org.br.




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