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Eleição interna já movimenta PT
Leandro Laranjeira e Orlando Müller
17/08/2009 | 07:00
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Os petistas nas sete cidades do Grande ABC já começam a se movimentar nos bastidores com vistas à disputa do PED (Processo de Eleições Diretas), meio pelo qual os filiados escolhem, por eleição direta e secreta, os novos comandos - presidentes, conselhos fiscais, comissões de ética e delegados - dos diretórios nas instâncias municipal, estadual e federal.

A missão dos eleitos será conduzir a legenda no processo eleitoral do próximo ano, quando estarão em jogo as sucessões presidencial e estaduais, além de vagas nas assembléias legislativas, na Câmara Federal e no Senado.

O principal desafio das futuras executivas, porém, é fortalecer o partido na base para manter o PT à frente do governo federal, após oito anos consecutivos de mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O nome pré-escolhido pelo partido para evitar perder a hegemonia é o da ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff.

Embora a eleição interna no PT esteja marcada apenas para 22 de novembro, os petistas se articulam e formam grupos a fim de garantir força para concorrer à direção da sigla em suas respectivas cidades.

No Grande ABC não é diferente, apesar de até o momento os atuais dirigentes não terem recebido a inscrição de chapas - o prazo se expira em 23 de setembro.

Apesar de todos os diretórios buscarem unidade, Santo André e Ribeirão Pires devem apresentar uma disputa mais tensa. O motivo é o resultado da eleição do ano passado.

Situações - Em Santo André, o PT perdeu o poder após 12 anos. A derrota do deputado estadual Vanderlei Siraque para o então vereador Aidan Ravin (PTB) foi considerada surpreende e histórica. Ainda desunido, o partido tenta se refazer do baque.

O último PED, em 2007, foi marcado por 11 chapas na disputa. Tiago Nogueira venceu a briga com o candidato à reeleição Claudio Malatesta. Agora, tentando o segundo mandato consecutivo, Tiago não prevê muitas mudanças. "Devemos ter de seis a dez chapas. O bom é que as posições ficam mais claras e não ocorre polarização."

Em Ribeirão Pires, o PT perdeu totalmente espaço - não conseguiu eleger sequer um representante na Câmara. Vale ressaltar que entre os pleiteantes estava a ex-prefeita por dois mandatos Maria Inês Soares.

"Desde novembro do ano passado, quando perdemos a eleição, trabalhamos para que não haja disputas internas. Pela primeira vez não conseguimos nenhum representante do partido no legislativo. Temos de respeitar as diferenças, mas buscar uma unidade real", afirmou Manoel Fernando Marques da Silva, atual presidente do PT.

Diferentemente de Santo André e Ribeirão Pires, São Bernardo vive um momento mais confortável. No pleito de 2008, a sigla voltou ao poder após 16 anos, depois de protagonizar com o PSDB a disputa mais acirrada da região, a qual contou com fundamental ajuda do governo federal.

Provável candidato à reeleição à presidência da legenda, Vanderlei Salatiel defende mandato maior aos dirigentes. Hoje, a gestão é de dois anos.




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