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Ribeirão Pires começa a fiscalizar poluição sonora
Renan Fonseca
31/05/2011 | 07:24
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Ribeirão Pires começou a fiscalizar bares e casas noturnas para coibir som alto e barulho após as 22h. A determinação foi o resultado de liminar concedida pela Justiça, na semana passada. Desde 2007, moradores da região conhecida como Centro Novo lutam para conseguir reduzir os ruídos provocados pelos estabelecimentos, que não possuem vedação acústica. Agora, os fiscais vão monitorar o comércio noturno de quinta-feira a domingo.

O secretário do Verde, Meio Ambiente e Saneamento Básico, Temístocles Cardoso Cristofaro, explicou que já se reuniu com os donos de bares para apresentar a regra. "A partir das 22h, todos terão que reduzir o som. Muitos já garantiram que vão investir em vedação acústica", comentou. A Pasta tem 27 agentes, mas nos plantões quatro ficam responsáveis pela fiscalização.

A liminar surgiu em ação civil pública do Ministério Público, que acatou denúncia da comissão de moradores do Centro Novo. Um representante do grupo, que preferiu não se identificar, explicou que, além do comércio local, o estacionamento 45 graus também causa transtornos. "Ali, o pessoal liga o som dos carros muito alto. Espero que a fiscalização também acompanhe esse problema", disse.

A dona de casa Rosa Eliana Pinto, 49 anos, espera conseguir uma noite de sono tranquilo aos fins de semana, a partir de agora. "Fica uma bagunça nesses dias. Além do som alto dos bares, alguns carros passam com música tocando no último volume", descreveu Rosa, que vive no Centro Novo há 15 anos.

Por outro lado, tanta paciência assim não teve o policial militar aposentado José Carlos Pires, 55. Ex-morador do Centro Novo, ele preferiu pegar a família e mudar para o Centro Alto. "Fiz a mudança em dezembro e tem sido bem melhor. Tenho uma netinha de 3 anos e aquela confusão não deixava a gente descansar à noite. E não adiantava reclamar", explicou o aposentado.

Para o presidente da Associação Comercial, Industrial e Agrícola da cidade, Gerardo Pedro Sauter, o melhor seria se todos os donos de bares já tivessem instalado a vedação acústica. "Os próximos empreendedores vão ter de fazer esse investimento antes de montar o bar."

Nenhum comércio noturno do Centro Novo faz parte dos associados da Aciarp. "Isso seria importante, pois poderíamos nos reunir e propor um projeto que seria viável para todos", explicou. A mensalidade da associação custa atualmente R$ 20.




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