O projeto, uma parceria entre o IPT, o Sebrae Sao Paulo, o Instituto Nacional do Plástico (INP) e a Fundaçao de Amparo à Pesquisa no Estado de Sao Paulo (Fapesp), e que completa nesta quarta-feira um ano de existência, vem oferecendo soluçoes tecnológicas a um custo acessível a pequenas empresas do setor plástico do Estado, entre as quais 15 do Grande ABC.

Apesar de ser uma avaliaçao prévia, feita com uma amostra de 20 empresas das 120 atendidas até agora, o levantamento é um indicador do êxito do programa, segundo a diretora adjunta do IPT para Projetos Especiais, Mari Tomita Katayama. Com um laboratório montado em um van, especialistas do projeto vao até a empresa e realizam um diagnóstico, ao custo de R$ 900, sugerindo adequaçoes de produtos, mudanças de matéria-prima, alteraçoes no fluxos de processos e melhorias logísticas, entre outros itens.

Uma das empresas visitadas foi a produtora de peças plásticas para construçao civil Coplas, de Mauá. Em maio do ano passado, a empresa teve a visita da van, durante dois dias, nos quais os técnicos do IPT fizeram vários ensaios em relaçao à resistência dos produtos e à caracterizaçao da matéria-prima, e depois apresentaram um relatório de diagnósticos.  "Percebemos que podíamos adicionar material reciclado, de maneira controlada, sem comprometer a resistência mecânica da peça", afirmou o diretor comercial, Joao Roberto Soriani.

O material reciclado, mais barato, permitiu uma pequena reduçao de custos, de 2%, que para a empresa foi significativa, ao gerar mais competitividade e melhores condiçoes para negociar com os fornecedores. A empresa cresceu em vendas 10% no ano passado na comparaçao com 1998 e fez mais duas contrataçoes. Hoje possui um quadro de 22 funcionários. 

Outro exemplo é a Plásticos Gabb, de Santo André. A gerente administrativa, Ivana Bonakorsi, afirmou que os resultados foram excelentes. "Os técnicos nos auxiliaram no desenvolvimento de um produto, uma peça de utilidade doméstica que nao estávamos conseguindo produzir."

Propostas de mudanças da matéria-prima utilizada, dicas do molde mais adequado e alteraçoes no produto permitiram que a peça fosse fabricada, possibilitando à Gabb incrementar sua produçao e contratar mais duas pessoas, reforçando o quadro que era de apenas de oito funcionários. 

O Prumo também trouxe respostas para a Termotec Termoplásticos, de Sao Bernardo. Fabricante de compostos granulados para o segmento automotivo e eletroeletrônico (calotas, peças de videocassetes e outras), a empresa tinha problemas técnicos em um de seus produtos.

O custo de R$ 900 para a consulta inicial compensou de imediato, afirmou a gerente comercial, Renata Daruj Gil. Os técnicos ajudaram a empresa a realizar análises mais precisas e sugeriram a utilizaçao de um aditivo para a soluçao de seus problemas. A empresa cresceu 5% em vendas em 1999. Segundo ela, o Prumo foi um dos fatores que possibilitaram essa expansao.