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Papa Bento XVI escolhe seus primeiros cardeais
Da AFP
25/03/2006 | 21:08
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O Papa Bento XVI nomeou quinze cardeais e revalorizou sua função na hierarquia da Igreja Católica durante o primeiro consistório de seu pontificado, que terminou neste sábado com uma missa solene na Praça São Pedro, no Vaticano.

"Sua proximidade espiritual e concreta são um grande apoio para mim", declarou o Papa ao entregar-lhes o anel pastoral, insígnia de sua função.

Na véspera, Joseph Ratzinger tinha comparado o colégio dos cardeais a um "Senado".

Com suas quinze nomeações, entre elas as de três asiáticos e 12 cardeais com menos de 80 anos, o "colégio sagrado" será a partir de agora constituído por 193 prelados. Apenas aqueles que ainda não completaram 80 anos, ou seja, 120 cardeais, poderão participar da eleição de um novo papa depois da morte de Bento XVI, que completará 79 anos no dia 16 de abril.

O consistório propriamente dito, constituído por uma cerimônia solene de entronização na sexta-feira e por uma missa no sábado, foi precedido na quinta-feira por uma reunião a portas fechadas "de reflexão e de prece" sobre o futuro da Igreja.

Esta reunião foi apresentada como uma inovação introduzida pelo novo Papa, que havia convidado os cardeais a discutirem todos os assuntos que eles julgassem importantes.

Na realidade, entretanto, as intervenções se concentraram nas três questões que preocupam Bento XVI: as dificuldades do diálogo com o Islã, as condições de uma aproximação com os católicos integristas "lefebvristas" e o lugar dos bispos eméritos (aposentados) na Igreja.

Os prelados trocaram opiniões, mas é o Papa que decidirá, sozinho, quais sugestões serão aplicadas.

O cardeal Dario Castrillon Hoyos reafirmou publicamente que os "braços" da Igreja "estão abertos aos lefebvristas, mas é preciso "estudar a melhor forma" de reintegrá-los.

Em relação ao Islã, as discussões abordaram as preocupações provocadas pelo endurecimento do fundamentalismo muçulmano em relação a outras religiões, a ausência de liberdade religiosa em vários países muçulmanos e os caminhos que podem ser explorados no diálogo com o Islã moderado.




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