Raoni se reuniu com o secretário francês das relações exteriores, Renaud Muselier, a quem apresentou os projetos do instituto que leva seu nome e que abrange uma reserva de 78 mil km2, precisou a fonte.
Em uma coletiva anterior, o cacique disse em Paris que tinha viajado à Europa para obter fundos a fim de proteger sua reserva.
"Necessitamos de dinheiro para a criação de postos de controle, com certa infra-estrutura, para administrar os limites da reserva, de um carro e eventualmente de um avião que sobrevoe as regiões mais inacessíveis", explicou.
Raoni denunciou que em agosto passado, "pela enésima vez, os brancos pescaram com dinamite no grande rio que forma o limite de nossa reserva. Chegaram com caminhões e dispararam contra os índios".
"Em outros tempos, matávamos numerosos brancos. Não quero mais isso", frisou. "Mas é necessário que nos respeitem".
Antes de Paris, Raoni esteve na Bélgica, onde o governo regional concedeu ao seu instituto um fundo de 50 mil euros anuais durante cinco anos, segundo explicou Gustave Verswijver, novo coordenador-geral do instituto.
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