A participação da mulher na política brasileira teve início em 1932, quando o voto feminino foi aprovado. Poucos anos depois, em 1936, o Grande ABC começava a escrever essa história com a eleição de Spasia Albertina Bechelli Cecchi para a prefeitura de Itanhaém, no Litoral paulista.

Nascida em São Bernardo no dia 29 de dezembro de 1899, Spasia governou o município por dois anos após ter sido eleita pela Câmara. Em sua gestão, a principal obra foi a reurbanização da Praça Central de Itanhaém.

Chegando à década de 1940, com o fim do Estado Novo, a redemocratização abriu espaço para que novos partidos e figuras ambicionassem seus voos políticos.

Em Santo André, nas eleições de 1947, a militante Carmen Savietto ficou em quarto lugar na lista do PST (Partido Social Trabalhista) e se a posse de ex-integrantes do PCB (Partido Comunista do Brasil) fosse autorizada pelo presidente Eurico Gaspar Dutra, ela teria sido a primeira vereadora da região.

A vida de Carmen foi marcada por perseguições e pela intensa luta pelos direitos das mulheres. Certa ocasião, ela teve sua casa invadida pela polícia, na Vila Guiomar, onde se realizava uma reunião da UMD (União de Mulheres Democráticas).

Tereza Delta foi a primeira prefeita a assumir o comando de São Bernardo, em 1947, sendo nomeada pelo governador Adhemar de Barros. Ao sair do Executivo, ela seria vereadora e também a primeira deputada estadual do Grande ABC. Alguns fatos marcaram a carreira da ex-prefeita em São Bernardo. Em seu mandato foi criada a Escola João Ramalho e ela foi madrinha dos times Palestra e Vila Baeta, tradicionais na cidade.

Por sua vez, Irinea José Midoli assumiu a Prefeitura de Rio Grande da Serra em 1973, ficando quatro anos no cargo e durante o mandato tentou a anexação de Paranapiacaba ao município.

Nos anos 1990, a região assistiria a Maria Inês Soares (PT) ser eleita prefeita de Ribeirão Pires em duas oportunidades (1997 a 2000 e 2001 a 2004).