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Vândalos colocam em
risco travessia na Billings
Renan Fonseca
Do Diário do Grande ABC
09/12/2010 | 07:43
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Atos de vandalismo na balsa que faz a travessia João Basso, no Riacho Grande, em São Bernardo, estão prejudicando o funcionamento da embarcação. Na madrugada de terça-feira, cinco homens renderam o funcionário da estação de embarque - que seria inaugurada amanhã - e danificaram a catraca de passagem. Além disso, de acordo com a Emae (Empresa Metropolitana de Água e Energia), cerca de 100 coletes salva-vidas são roubados por mês.

Segundo o gerente do departamento de operações hidráulicas da Emae, Paulo Sério Ponti, pouco depois das 23h, um grupo de indivíduos portando dois revólveres invadiram o abrigo com capacidade para 120 pedestres. Não levaram nenhum pertence e o funcionário não foi ferido. "Parece que essas pessoas queriam apenas danificar a catraca", opinou o gerente.

A estação custou cerca de R$ 200 mil e faz parte de acordo firmado com a Prefeitura de São Bernardo. "Acordamos que, se construíssemos a estação de espera, o poder público intensificaria a segurança no local", revelou Ponti. A Emae ainda não agendou outra data para a inauguração. "Vamos esperar que a Prefeitura cumpra seu papel."

O abrigo possui local para acomodar os integrantes da GCM (Guarda Civil Municipal). "Dispomos uma sala com cozinha e acomodações. Mas a Prefeitura não apresentou guardas para ocupar o local", confirmou.

 

SEGURANÇA

A catraca que foi danificada serviria para controlar o número de passageiros no embarque. Norma da Marinha permite que 240 pessoas por vez façam a travessia na balsa. Todos devem usar coletes. "Mas temos de repor os coletes mensalmente, pois frequentemente os passageiros levam embora os salva-vidas", afirmou Ponti.

Com a catraca inoperante, um número maior de pessoas embarca em cada viagem. Veículos dividem espaço com pedestres, em área reservada aos automotivos - 18 no total. A equipe do Diário constatou ontem que poucas pessoas usam coletes durante a travessua. "Temos de cumprir as exigências da Marinha para evitar acidentes", continuou.

"Parece ônibus superlotado, a gente fica espremida. As pessoas não têm educação", contou a professora Rosilangela Vieira Martins, 28 anos, sobre a experiência de cruzar a Represa Billings em horários de pico. A Prefeitura não se manifestou até o fechamento desta edição.

 

Usuários criticam redução de número de carros no convés

 

Desde junho do ano passado a população do pós-balsa sofre com a demora na travessia. Naquele mês, a Emae teve de retirar a embarcação RG IV para reparos - exigidos pela Marinha, conforme a empresa. Até fevereiro, estava em operação a Metálica 1, com capacidade menor de carga.

Após os ajustes, RG IV retornou para a Represa Billings com modificações que desagradaram os usuários. Antes, 32 veículos cabiam no convés. Agora, somente 18.

Por outro lado, o número de pedestres dobrou - de 120 para 240. A redução no espaço para carros é medida de segurança. "Agora os veículos têm mais espaço entre portas. Antes não era possível sair do carro com velocidade, em caso de acidente", explicou o gerente do departamento de operações hidráulicas da Emae, Paulo Sério Ponti. A manutenção da balsa é relizada a cada quatro anos.

 

DEMORA

A fila de carros que aguardam a vez de embarque é grande pela Rua Rio Acima. A maioria da população reclama que o tempo de espera chega a duas horas. "Tenho que entrar às 8h no escritório, para isso, saio de casa antes das 6h", relatou o advogado Marcos Antônio, 31 anos.




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