Política Titulo Denúncia de estelionato
Polícia investiga golpe com uso ilegal do nome de Alex Manente

Político se passava por assessor do parlamentar para pedir dinheiro em troca de cargos públicos

Raphael Rocha
Do Diário do Grande ABC
22/02/2017 | 07:00
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Denis Maciel/DGABC


A Polícia Civil em São Bernardo investiga denúncia de estelionato contra o ex-presidente do PTN de Santo André Reginaldo Rodrigo de Oliveira. O político estaria usando o nome do deputado federal Alex Manente (PPS) para obter dinheiro em troca de suposta facilidade no financiamento do programa habitacional Minha Casa, Minha Vida e também na indicação para cargos públicos.

Foi o próprio popular-socialista quem acionou o 1º DP (Centro) de São Bernardo acusando Oliveira. No BO (Boletim de Ocorrência), o parlamentar relata que Oliveira se passava por seu assessor indevidamente e que prometia vantagens no Minha Casa, Minha Vida e também empregos comissionados em prefeituras e parlamentos mediante pagamento de sinal financeiro.

Ainda conforme a denúncia, Oliveira falsificou perfil de Alex em uma rede social e, por esse caminho, dizia que o parlamentar federal consentia com o depósito em troca dos benefícios no programa habitacional e por cargos em departamentos públicos. Ele também declarava que tinha costurado projeto político com Alex para 2018: o popular-socialista buscaria a reeleição na Câmara Federal, enquanto ele concorreria a uma vaga de deputado estadual.

“Recebi essa informação de meus eleitores, que acharam estranho alguém em meu nome cobrar por essas coisas. Umas cinco pessoas vieram contar a mesma história, falaram da mesma pessoa (Oliveira). Registrei o BO. Esse Reginaldo nunca foi meu assessor nem está autorizado a falar por mim. Nunca tive relação com ele. Espero que a Justiça seja feita”, afirmou Alex. Ontem, testemunhas de acusação foram ouvidas no 1º DP sobre o caso. Imagens das conversas em redes sociais foram anexadas ao inquérito.

A equipe do Diário não localizou Oliveira para falar sobre o episódio.

REINCIDENTE
Oliveira já foi acusado de estelionato por grupo de moradores do Jardim Alzira Franco, em Santo André. Ele teria se apropriado de dinheiro de algumas pessoas se passando como intermediário na aquisição de imóveis do Minha Casa, Minha Vida, descrevendo que tinha acesso a cotas oferecidas pela Caixa Econômica Federal a políticos. Para incluir nome na fila de interessados, ele cobrava de R$ 2.500 a R$ 3.500 por unidade. Os apartamentos aos quais ele se dizia responsável não foram entregues no prazo e Oliveira não foi mais localizado pelos moradores.

Depois de esse caso vir à tona, Oliveira foi retirado da presidência do PTN de Santo André. Ele também responde a série de processos por estelionato e apropriação indébita, em Santo André, São Bernardo e Ribeirão Pires. 




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