Na Opes desde 2009, Simões é um dos idealizadores do projeto Álbuns, na qual a orquestra adapta discos populares na íntegra - depois de Ventura, o disco Thriller, de Michael Jackson, será o homenageado da vez. A "turnê" de Ventura Sinfônico tem sido um sucesso - os ingressos para as três apresentações no Rio esgotaram-se em minutos. Muito disso se deve à devoção conquistada pela banda carioca que completa 20 anos de existência em 2017 e dez anos do anunciado hiato, em 2007, é claro, mas também é uma reação à curiosidade de saber qual seria o resultado de se ouvir músicas como O Vencedor e Último Romance com violinos.
"Foi uma reação que não esperava", conta Simões sobre a venda de ingressos. "A música clássica tem um estigma, assim como o punk", ele avalia. "O punk é visto como aquela música suja, rebelde. A música clássica, por sua vez, é enxergada como 'música de velho' ou 'de rico'. Da mesma forma como tentei mudar a ideia do punk com as minhas andas, tento fazer isso com o erudito."
O grupo de Simões, Phone Trio, lança um novo EP, chamado Bonanza, em março. Enquanto isso, ele mesmo tenta equilibrar-se entre dois universos (não mais) tão distantes. "Posso assistir a um concerto da New York Philharmonic no sábado e um show do Slayer no domingo", ele diz. "Para mim, o som dos violinos afinando antes de uma apresentação é tão excitante quanto uma corda de guitarra procurando a nota certa. É quando sei que algo importante está prestes a acontecer."
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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