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De volta 45 anos no tempo

Esta série ontem iniciada, sobre o Complexo Viário Perimetral e o Centro Cívico, de Santo André, tem como fio condutor as fotos guardadas pelo Banco de Dados do Diário

Yara Ferraz
19/01/2017 | 07:07
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<p>Haverá uma obra que eu considero de grande importância e que é o sistema viário interligando a Avenida Perimetral com a Avenida Antonio Cardoso.”<br /> Prefeito Newton Brandão,<br /> Diário, 11-1-1972.</p> <p>Esta série ontem iniciada, sobre o Complexo Viário Perimetral e o Centro Cívico, de Santo André, tem como fio condutor as fotos guardadas pelo Banco de Dados do Diário. Os textos são mais para ilustrar as imagens pinçadas. Quase uma conversa entre amigos – e Memória considera você, leitor, um amigo. Quem sabe surjam pesquisadores e estudantes interessados em se aprofundar no tema.</p> <p>Ontem falamos que a evolução urbana de Santo André deveu-se muito mais à iniciativa privada do que à administração pública. Pelo menos até que o Projeto Perimetral/Centro Cívico fosse levado adiante, a partir do governo Fiorante Zampol, seguido pelos de Newton Brandão e Antonio Pezzolo, entre os anos 1960 e 1980.</p> <p>E hoje, antes de falar sobre a foto escolhida, destacamos, uma vez mais, a tarefa a que se propuseram os irmãos Pujol à frente da Companhia Imobiliária São Bernardo.</p> <p>TRILHOS URBANOS<br /> Semeando loteamentos em Santo André, São Caetano e São Bernardo, os Pujol idealizaram um grande ramal ferroviário para interligar os três distritos naqueles anos 1920. Nascia o bondinho (ou trenzinho) dos Pujol, para levar os interessados aos locais empreendidos.</p> <p>A estação principal ficava no Centro de Santo André, a alguns metros da Estação São Bernardo (hoje Celso Daniel). Era a garagem dos bondinhos, que seguiam ora em direção à Estação de São Caetano, ora em direção ao Pátio do Governo, hoje Praça Lauro Gomes, em São Bernardo, com uma entrada ao nascente bairro Nova Petrópolis.</p> <p>Pois saibam as novas gerações: o sistema ferroviário dos Pujol seguia por vias como a Coronel Oliveira Lima, Pereira Barreto, Marechal Deodoro, Rua das Figueiras e outras, há quase 100 anos.</p> <p>A Companhia Imobiliária São Bernardo acabou naufragando. Foi à hasta pública. Não sobreviveu à crise de 1929 – uma duração real de cerca de 10 anos, até ser adquirida pelo Grupo Simonsen. Mas deixou marcas importantes, vivas até hoje. Um empreendimento privado que sacudiu o futuro ABC.</p> <p>A EXPRESSÃO ABC<br /> No tempo dos Pujol não se dizia ABC. Era Município de São Bernardo.</p> <p>A expressão “ABC” ganha popularidade com um jornal, a “Folha do Povo”, do professor Paulo Zing – que nasceu semanário, se transformou no primeiro jornal diário do Grande ABC, voltou a ser semanário, a ter circulação esporádica, até desaparecer na primeira metade da década de 1960 – justamente quando o governo do prefeito Fioravante Zampol pensa o atual complexo Perimetral, cujo nome oficial, hoje, é o do jornalista Edson Danillo Dotto, o que pensou e idealizou o Diário do Grande ABC.</p> <p>PERIMETRAL<br /> A obra da Perimetral mexeu com toda a cidade. Ofereceu um grande e exaustivo trabalho ao Departamento Municipal de Trânsito (DMT), cujo diretor, no tempo da foto – 1972 – foi o tenente Mario Ueti.</p> <p>A calmaria na paisagem da foto é ilusória. Em torno do Paço, as obras estavam mais ou menos finalizadas – viriam, ainda, toda a jardinagem e a conclusão do edifício do Fórum. Os trabalhos maiores concentravam-se ao longo do corredor José Caballero, Justino Paixão, Alfredo Flaquer e Santos Dumont.</p> <p>Em 19 de janeiro de...<br /> 1917 – O presidente do Estado, Altino Arantes, assina o regulamento das Caixas Econômicas, criadas na Capital, Santos, Campinas e Ribeirão Preto.<br /> Em outras cidades seriam criadas oportunamente caixas anexas às coletorias do Estado.<br /> Há 100 anos a força municipalista paulista se concentrava nessas quatro cidades – o futuro Grande ABC era subúrbio, simplesmente.<br /> A guerra. Do noticiário do Estadão: embarque de tropas portuguesas para a França. Um navio alemão nas costas brasileiras afunda cerca de 20 embarcações inimigas.</p> <p>Diário há 30 anos<br /> Domingo, 18 de janeiro de 1987 – ano 29, edição 6.344<br /> Diadema – Memórias sobre o Grande ABC em livro. O jurista Tito Costa comenta o livro lançado pelo também jurista Miguel Reale (o pai), com uma convivência estreita com Diadema.<br /> Saltos Ornamentais – O Fluminense lidera o Troféu Brasil, iniciado no Conjunto Esportivo Pedro Dell’Antonia, em Santo André.</p> <p>Hoje<br /> Dia Nacional do Cabeleireiro, Barbeiro, Esteticista, Manicure, Depilador e Maquiador</p> <p>Santos do dia<br /> Canuto<br /> Júlio<br /> Mário</p> <p>Municípios paulistas<br /> Praia Grande. Do tupi-guarani, Peabuçu. Separa-se de São Vicente e é instalado em 19 de janeiro de 1967.</p> <p>Municípios brasileiros<br /> Celebram seus aniversários em 19 de janeiro:<br /> No Rio Grande do Norte, Caiçara do Rio do Vento e Pedra Preta.<br /> No Piauí, Fartura do Piauí.<br /> No Maranhão, Guimarães.<br /> Em Minas Gerais, Tiradentes.&#160;</p>




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