Com um enredo sobre os 50 anos de Brasília, a Beija-Flor de Nilópolis fechou o primeiro dia de desfiles na Marquês de Sapucaí sem empolgar os foliões. Vice-campeã de 2009, a azul e branco fez uma apresentação correta, mas fria. A agremiação ainda enfrentou problemas com o som do sambódromo.

Um dos grandes destaques da noite foi a Unidos da Tijuca, terceira escola a desfilar. Um samba de refrão fácil, carros alegóricos caprichados, fantasias inspiradas e uma comissão de frente surpreendente conquistaram todos os setores, algo que os desfiles anteriores nem chegaram perto de fazer.

Sob o enredo "Dom Quixote de La Mancha, o Cavaleiro dos Sonhos Impossíveis", a União da Ilha foi a primeira escola a pisar na Marques de Sapucaí. Comandado pela carnavalesca Rosa Magalhães, o grupo fez uma apresentação em que mostrou que merece permanecer na elite do carnaval carioca.

Já a Imperatriz Leopoldinense apresentou um desfile de luxo, mas enfrentou problemas e foi recebida com frieza pelo público. O carro abre alas, longo e cheio de engrenagens, teve dificuldade para evoluir e abriu um buraco no desfile em frente aos jurados. A verde e branca teve que correr no fim para não ultrapassar o tempo permitido.

A Unidos do Viradouro, quarta escola a entrar no sambódromo, apostou em alas e fantasias coloridas para conquistar o título que não vem há 12 anos. A rainha da bateria Júlia Lira, de apenas 7 anos, filha do presidente Marco Lira, desfilou após conseguir a liberação Juizado de Menores do Rio.

O bruxinho Harry Potter, a boneca Emília, a barata de Kafka e outros personagens da literatura mundial desfilaram pelo Salgueiro, a penúltima escola da primeira noite do Carnaval do Rio. Em busca do bicampeonato, a agremiação vermelha e branca apresentou o enredo "Histórias sem fim", centrado no livro, com referências a diversas tramas.